26 de julho de 2012

Carta Ansiosa




Ainda garimpando, posto novo documento desse autor tão sensível ao sentimento humano.  Espero que possa contribuir em suas vidas.

Boa Leitura


 
Carta Ansiosa
                  
                  Prezada,


 Diante do seu pedido fui rapidamente ter uma boa fala com esse moço meu amigo de longa data e saber dele o porquê está a mais de dois dias sem cumprir com seu compromisso de contato, haja vista, pelas fotos que me mostrou tratar-se a jovem moça, pessoa encantadora, de olhar penetrante, sorriso arrebatador, olhos de um tom singular. 


 Claro que comentou sobre outras qualidades dessa linda mulher, das quais mesmo as da intimidade foram reveladas com grande sentimento de paixão e recente descoberta do amor, pois desse homem apaixonado sou grande amigo e confidente. 


Confidenciou ainda que você moça, faz amor com uma intensidade que veio descobrir nesta idade, possui um jeito inebriante de olhar, sua pele é macia e ao mesmo tempo se ouriça nos arrepios de paixão que o deixa excitado e desconcertado. 


Completa dizendo que sua boca produz deliciosos beijos que mesmo distantes ainda sente o sabor e o toque, resgatando da memória toda sua geografia, relembrando absorvido suas marcas e sinais como se estivesse tocando naquele instante. Quanto ao zelo, atenção  e carinho, disse meu amigo que há tempos não sentia com tanta intensidade essa reciprocidade de agora. 


 Cara amiga, se assim posso chamá-la, fiz lembrar esse seu apaixonado homem que compromissos feitos não devem ser esquecidos ou desfeitos, bem porque em se tratando de uma mulher tão especial até eu mesmo poderia me apaixonar, tamanha a delicadeza do ser. 

Foi sincero em dizer não ter sido ele quem a cativou, seduziu ou envolveu, mas ao contrário, foi você quem fez brotar todos esses sentimentos que há muito se encontravam adormecidos e prontos eclodiram para uma mulher com jeito mandona. Disse mais, tens uma áurea ímpar, da qual ele imediatamente se conectou e que pretende jamais sair de perto.


 Mais fundo no relato, disse a boca pequena, que quando nos momentos de maior intimidade, nos instantes de amor sobre os lençóis, surge uma sintonia que lhe chega tirar a concentração. 


Que todo esse amor e sexo sintonizados lhe deixa nas nuvens e ao seguir a silhueta de seu corpo, nos instantes mais apimentados, sente o desejo lhe vindo com mais energia e no trajeto do prazer a toca com leveza em pontos que adora beijar e que passam a pertencer a ambos naqueles momentos únicos.


Portanto prezada moça e amiga, depois de todas as falas com esse homem, que diante de mim relatou sua culpa em não ter lhe encaminhado notícias, mas que dando conta do seu erro não se cansa de encaminhar mensagens e durante a noite passa longo tempo a ouvir sua voz  declarando seu amor. 


Penso então, que esse meu amigo é em parte culpado sim, pois essa mulher não lhe deixa o pensar um só instante e que sente o mesmo vindo dela.  


Quanto ao que pediu que lembrasse, assim o fiz, percebendo que seus olhos tomaram uma alegria nunca antes vista por esse vosso amigo. Portanto, prezada mulher apaixonada, na qualidade de protetor desse homem, também peço que mantenha sempre  esse rítimo de paixão e amor, pois ele não faltara com o mesmo compromisso.  


E lhe sendo bom amigo que sou, espero também que possa vez ou outra entrar em contato, pois tudo que ele faz, sente e pensa, ama e deseja para si, de certa forma é sentido por esse vosso criado. 


Esperando ter atendido sua solicitação, desejo de coração que esse homem possa estar com você rapidamente e realizar tudo o quanto disse a mim que faria estando ao teu lado.  

Lembro ainda que  lhe informei sobre os beijos deixados por tão bela mulher. Portanto, acreditando ter cumprido todo o solicitado, aproveito para mandar desse homem, beijos, abraços e desejos de estar com você rapidamente.


Termina ele dizendo ser seu por completo.

Pedro Santos







20 de julho de 2012

Para Quem Ama Continuamente

Tenho transitado pela rede e vez ou outra encontro algumas pérolas, esta que abaixo segue penso ser uma, esperando que os visitantes se entretenham, pois pelo que sei o autor é desconhecido e suas  crônicas de boa leitura.




A Fé na Continuidade

Recentemente um grande amigo conheceu uma linha mulher, desta que se perde o fôlego quando se passa a conviver próximo ou mesmo quando cotidianamente se mantêm inúmeros contatos por mensagens telefônicas, e-mails e ligações, estas últimas apenas para ouvir sua voz, pois isso o leva à um alento sem tamanho.  
Numa dessas mensagens a graciosa mulher que depois de cortejada passou a ter grande significado na vida desse homem, postou a seguinte frase: 
“Quero dizer-lhe ainda que tentarei todos os dias junto de vc fortalecer esse nosso amor,  para construirmos NOSSA HISTÓRIA DE AMOR , com
começo meio, e meio, e meio ................................................... e meio ..................................................... e meio .................................e meio,
(cada pontinho desse é um ano juntos tá preparado? rsrs ),  sem fim .”.
 Diante dessas reticências, contabilizadas que foram em 137, resultando então na pretensão de estar junto ao seu amado por 137 anos. Já vi paixão insistente, mas essa esta além do normal.  
O pobre apaixonado que não é bôbo, tentou achar uma forma de não menosprezar a intenção da linda mulher e para isso aprovando o desafio, disse que teria que ver com o Criador para que em duas vidas e mais aditivos pudesse estar com a moça.  
Olha meu caro, deu um alvoroço nos céus que até São Pedro foi jogado na demanda e a mulher, por sinal instigante e muito atraente, esta fazendo tudo para garantir as duas vidas e os aditivos.  
Esse homem, grande amigo e confidente, pôs-se a pensar como poderia então negociar com o Criador por intermédio de São Pedro, pois é ele o guardião das chaves, porta primeira de outras vidas. O alvoroço foi ainda maior quando em orações o apaixonado homem as dirigiu aos céus e ao sobrecarregado Santo buscando quem pudesse auxiliar.  
Esta mulher também apaixonada fez lembrar que possui um grande número de pedidos com o Criador, resultante de mais de uma década na espera de um pretendente e que isso poderia ser, segundo ela mesma, uma forma de convencer o plano Divino em atender.  
Não se pode negar a força da oração, tão pouco o poder de insistência de uma mulher, dizendo que seu amado bata à porta celestial com orações e faça o coitado do Santo lembrar de seu nome, relacionando a década de orações. Não tenho dúvidas que suas orações são fortes, bem porque este homem está hoje completamente apaixonado por ela, pessoa de grandes virtudes, entre elas uma espontaneidade sem igual para os risos.
Lembrei a criatura apaixonada, meu amigo, que com essas coisas não se brinca e que toda uma vida ainda não seria suficiente para se garantir a permanência com a pessoa amada, quiçá nas vidas seguintes. Como sou também homem de fé busco acreditar que isso possa ser possível e desejo que tudo dê certo.  
Já estou até vendo o atarefado Santo na busca em seus grandes livros da humanidade contabilizar os pedidos dessa mulher e assim poder intermediar junto ao Criador que o pretendente tenha em duas vidas e alguns aditivos a companhia desta linda e insistente moça.
Eita que o Criador não conseguiu dar conta desses caprichos femininos.  
Imagino mesmo o grande ancião questionando o pobre humano nessa demanda descabida, pois bem sabe ele que basta uma vida para se impregnar a alma de amor, dela nunca se separando, mas em requerer duas vidas para tal intento só mesmo uma mente caduca. 
Vou ficando por aqui, na esperança que um dia essa demanda tenha bons resultados, pois bem sei que ambos apaixonados terão uma vida longa e amorosa pela frente, e eu estarei sempre ao lado desse amigo, agora também compartilhando toda sorte de relatos.


Pedro Santos


  

27 de março de 2012

PARA QUEM AMA-I

Nas asas dos meus sonhos
pretendo encontrar-me contigo
e no dorso do meu cavalo alado
pretendo levá-la comigo!
Deixemos de lado, por momentos,
a segurança do chão,
os segundos do relógio,
as nossas pretensas obrigações...
Coloquemos em repouso
os nossos pensamentos...

Deixa aberto o teu coração
como estou te abrindo o meu...
Talvez, então, nos encontremos
nos espaços dos meus versos...
Entre sem pedir licença
e faça das minhas fantasias
os teus sonhos...

Cleide Canton

28 de fevereiro de 2012

FATORES DE PROTEÇÃO NAS ROUPAS

Os Parâmetros Europeus propõem níveis mínimos para várias características de roupas protetoras, os quais devem garantir que todas as roupas que afirmam estar de acordo com tais parâmetros proverão um razoável nível de proteção.

O Diretório de Equipamento de Proteção Individual (Personal Protective Equipment Directive [PPE]) claramente divide roupas de motocicleta em protetoras e as que não são protetoras.

As especificações do Diretório são bem claras neste sentido. Depois de seguidas reuniões com a Comissão Européia, a indústria e grupos de motociclistas, chegou-se a um acordo das categorias das roupas de motocicleta.

Em termos práticos, as roupas de motocicleta podem ser divididas em três grupos:

• Não-protetoras. Roupas externas que constituem uma barreira para os elementos: calor, frio, vento e chuva. Afirmações de qualquer outra forma de proteção violam as regulações do PPE, as leis do UK, e os acordos entre a indústria e grupos de motociclistas feitos com a Comissão Européia.
• Não-protetoras, mas acompanhadas de proteções de impacto CE (Conformité Européenne). Roupas externas Não protetoras, como acima qualificadas, porém acompanhadas por proteções certificadas para ombro, cotovelo, joelho e costas que tenham a marca CE
• Protetoras. Jaquetas, calças, conjuntos de uma peça ou duas peças, botas e luvas, que tenham a certificação garantida pelo fabricante. Testadas de acordo com os Parâmetros Europeus (ou os parâmetros Cambridge ou SATRA) e que tenham a marca CE. Essas roupas devem ter proteções com a marca CE.



Como distinguir o nível de proteção da roupa, a roupa estará no grupo que o fabricante afirma esta a roupa?

Contudo, é comum nessas situações algumas empresas inescrupulosas tirarem vantagem da situação e da falta de conhecimento do consumidor para vender sua roupa.

Quando as proteções com marca CE acompanham uma roupa não-protetora (jaqueta de tecido, jaqueta de couro, calças e ou conjuntos), alguns fabricantes informam erroneamente aos seus consumidores que toda a roupa é aprovada. Não é verdade.

Algumas dessas roupas têm a etiqueta CE costurada no tecido, mas, de fato, isto se refere somente à condição das proteções (EPIs) e não da roupa. Isto é um engano.

Como o fabricante ou o distribuidor descreveu a roupa na sua propaganda?

O que diz o vendedor da loja de artigos para motocicletas sobre a roupa que ele quer vender?
Há um acordo da Comissão Européia com a indústria e os grupos de motociclistas, bem claro a este respeito, orientando o seguinte:

“Se um fabricante afirma explicitamente, ou sugere, na literatura de venda e/ou propaganda, que uma roupa oferece proteção por causa de componentes específicos adicionais, esses componentes adicionais devem ser qualificados como “PPE” (Personal Protective Equipment – Equipamento de Proteção Individual). Assim, então, devem estar de acordo com as provisões do Diretório da PPE”.

No entanto a roupa não é protetora só porque os componentes PPE possuem a marca CE
“Esses componentes específicos podem se caracterizar em, por exemplo: proteções de impacto de joelho, quadril e/ou costas, cotovelo e/ou ombro, e proteção contra corte e abrasões”.

Há uma fraseologia comum, tal como:

• Absorção de choque;
• Resistente ao impacto;
• Absorve os choques durante a queda;
• Proporciona proteção contra vento, chuva e pedrisco;
• Resistente a abrasão;
• Para proteção, com qualidade e estilo;
• Total compromisso com a segurança; etc,etc.

Dificilmente essa fraseologia pode ser creditada, e não constitui uma afirmação de que o produto descrito é protetor.

Há uma maneira simples de saber em qual grupo a roupa está: por lei, todo equipamento de proteção individual (PPE) com a marca CE deve vir com informações detalhadas e impressas sobre o tipo de proteção, cuidados e manutenção do produto. Roupas protetoras de motocicleta e proteções de impacto devem vir acompanhadas de tais informações para o consumidor, descrevendo: como o produto foi testado, os dados fornecidos pelo teste, como remover e reinstalar as proteções (necessário quando lavar a roupa) e como reconhecer quando o PPE necessita ser trocado. Também deve ser fornecido o contato do European Notified Body responsável pelo teste e certificação, possibilitando averiguar a autenticidade das afirmações do fabricante.

Em resumo: “nenhuma informação” significa “sem aprovação”.


O desenvolvimento dos parâmetros

Os requerimentos e condições do Diretório de Equipamento de Proteção Individual (Personal Protective Equipment, PPE) (89/686/EEC), e suas relações com as roupas protetoras para motociclistas tornaram-se uma parte ativa na lei da Inglaterra (UK) em 30 de junho de 1995. Desde esta data tem sido requerido dos fornecedores de roupas e equipamentos de proteção “desenhadas para serem usadas como proteção contra um ou mais riscos de segurança” (definição do Diretório de PPE) a categorização de seus produtos como PPE ou não-protetor, com a colocação da marca CE. A marca CE é a certificação feita por um laboratório de certificação independente, de acordo com os parâmetros de testes conhecidos como “European notified Bodies”.

Inicialmente, as roupas de motociclistas não iriam cair no âmbito da legislação. Contudo, depois de uma reunião com a Comissão Européia, estabeleceu-se que os motociclistas iriam se beneficiar com a disponibilidade de produtos fabricados para o Parâmetro Europeu. A Agência dos Parâmetros Europeus CEN (Comité Européen de Normalisation) convocou um subcomitê técnico com o longo título de CEN/TC162/WG9 – ou “WG9” – com o objetivo de desenvolver tais parâmetros.

Após uma série de grupos de estudos e seguida de muitas negociações operadas sob o controle da WG9, um total de oito categorias de produtos, foram estabelecidos pela CEN para roupas de motocicleta.

Foram elaborados e baseados nos parâmetros para roupas estabelecidos pela British Standards Institution (BSI), os quais abrangem os requerimentos similares ao do Cambridge Standard, e as especificações técnicas alternativas do Notidied Body SATRA.

Em dezembro de 1997, a primeira normatização da WG9 surgiu com a EN 1621-1 – Roupas de proteção para motociclistas contra impacto mecânico – Parte 1: Requisitos e métodos de teste para protetores de impacto.

A EN 1621-1 foi criada e publicada, e a partir de então as proteções das roupas para braços e pernas cotovelos precisariam alcançar os requisito estabelecidos por essa norma. Na mesma época foi anunciado também o Parâmetro Provisório prEN 1632-2, o qual se relaciona com protetores de costas. E posteriormente foram criados os parâmetros para roupas, luvas e botas: EN 13595 Partes 1-4, EN 13594 e EN 13634, respectivamente.

O parâmetro para roupas EN 13595 “Roupas protetoras para motociclistas profissionais – jaquetas, calças e uma peça ou conjunto separado” finalmente apareceu no final de2002.
Há uma má interpretação que os Parâmetros Europeus para roupas não se aplicam a motociclistas de laser, somente a motociclistas profissionais.

Os grupos de motociclistas concordaram em apoiar os parâmetros se as roupas para motociclistas de laser fossem excluídas, para evitar que os parâmetros fossem usados como forma de coerção. Os parâmetros são para roupas, não para usuários ou grupos de motociclistas. Os parâmetros são considerados para roupas de profissionais na condução de motocicletas e para não-profissionais. Além disso, o Parâmetro Cambridge, e a especificação técnica alternativa SATRA, as quais conjuntamente formam o fundamento da EN 13595, estão ainda vigor e não discriminam entre usuários de laser, profissionais e competição.

Além disso, seguindo a implementação do General Product Safety Directive (GPSD) 2001/95/EC, a abrangência do “uso profissional” é provavelmente irrelevante, desde que a cláusula 10 do GPSD considera o assunto de “migração” de produtos de status de uso “Professional” para uso ”no-professional”, como se segue:

“Produtos que foram desenhados exclusivamente para uso profissional, mas em seguida migraram para o mercado consumidor, devem estar sujeitos aos requerimentos deste Diretório porque eles podem por em risco a segurança e a saúde do consumidor quando usados nas condições previstas.”

Parâmetros para botas EN 13634 e parâmetros para luvas EN 13594 também apresentaram uma revisão para abarcar somente uso “Professional”. Estes foram publicados ao mesmo tempo que a EN 13595, o que foi importante porque os parâmetros compartilham alguns métodos de teste em comum.

Finalmente, EN 1621-2 – Roupas de proteção para motociclistas contra impacto mecânico – Parte 2: Protetores de costas para motociclistas – Requisitos e métodos de teste, surgiu no começo de 2003.
Numa simples olhada minuciosa na roupa de motociclista poderemos saber a sua especificação. Não no sentido de se ela é de couro ou tecido e qual tecido, uma peça, duas peças ou separadas, ou se é alcochoada, mas se a roupa é protetora ou se é uma roupa “fashion”.

Teste dos parâmetros de protetores de impacto

EN 1621-1997 – Roupas de proteção para motociclistas contra impacto mecânico – Parte 1: Requisitos e métodos de teste para protetores de impacto contra ombro, cotovelo, joelho, e num grau menor protetores de quadril

Os protetores são testados no mesmo aparato usado para avaliar outras formas de protetores de impacto, incluindo protetores corporais para cavaleiros, protetores de artes marciais, equipamento de cricket e protetores para a polícia contra tumultos e desordens.

O parâmetro especifica que a energia de impacto do impactador na proteção para os motociclistas deva ser de 50 joules, algo como um corpo de 2,5 kg caindo de uma altura de 2 metros, e a média da força transmitida e permitida para o corpo humano não deve ultrapassar 35kN. (quiloNewton)
EN 1621-2 – Roupas de proteção para motociclistas contra impacto mecânico – Parte 2: Protetores de costas para motociclistas – Requisitos e métodos de teste.

Para o parâmetro EN 1621-2 que se refere a protetores de costas a energia de impacto é a mesma que a dos protetores dos braços e pernas, de 50 Joules, mas a força transmitida é menor que a dos protetores dos membros está em 18 kN para produtos “Nível 1” e 9 kN para produtos “Nível 2” de alto desempenho.

Há críticas sobre essas especificações por especialistas médicos que consideram muito altos os níveis de força transmitida, citando décadas de pesquisa automotiva as quais indicam 4 kN ser a força máxima que os ossos das costelas humana podem suportar antes de quebrarem.
4 kN é o requerimento adotado nos parâmetros que se referem, por exemplo, a protetores de corpo para cavaleiros e equipamentos de arte marciais.

As tentativas de reduzir o requerimento de força transmitida para 4 kN e correspondentemente reduzir o requerimento de energia de impacto de 50 Joule são fortemente resistentes pela indústria que alegam que os consumidores ficariam “confusos” pelos requerimentos diferentes entre EN 1621-1 e EN 1621_2
No final da década de 1990, algumas empresas usaram o totalmente inapropriado a EN 1621-1 para marcar CE nos protetores de costas. Deram prioridades aos objetivos comerciais mais do que a segurança dos consumidores.

Apesar dessas considerações, EN 1621-2 representa um ponto inicial para que todos os produtos não seguros se tornem obsoletos e não comercializados. Será importante, contudo, que os consumidores tenham certeza que os protetores de costas estejam marcados com o número correto do parâmetro, e verificar se não estão comprando por engano um item de estoque marcado com EN 1621-1.
EN 13595 Partes 1-4 – Roupas protetoras para motociclistas profissionais – Jaquetas, calças e uma peça ou conjunto separado.

Como o título diz, a abrangência do EN 13595 se refere somente a roupas para “motociclistas profissionais”. Contudo, como tem sido explicado, os parâmetros são para roupas, não para usuários ou grupos de motociclistas. A tentativa fracassada da indústria, junto à Comissão Européia e à agência de Parâmetros Europeus CEN de excluir a roupa de motocicleta da abrangência do Diretório PPE e dissolver o programa, retardou o processo da criação dos parâmetros, mas não o inviabilizou.
Após essas considerações, infelizmente ainda no Brasil não há normas ABNT que possam certificar essas proteções, tão pouco laboratórios certificadores que tenham interesse em certificar as proteções, mesmo segundo as normas brasileiras aprimorando as EN 1621-1 e EN 1621-2.

Cecília e Fernando Zanforlin

10 de fevereiro de 2012

PENSAR AINDA VALE A PENA

“Quanto menos você tiver, mais aproveitará e maior mobilidade também. Ao passo que a aquisição de bens somente lhe trará problemas, uma satisfação momentânea sim, mas pagará o preço em prestações, não em dinheiro, mas do tempo que precisará dedicar a elas. Assim funciona!”

Fonte: http://universodosviajantes.com/


Leia com calma


1. Prepare o seu espírito para uma viagem na qual o que importa é curtir e desfrutar e não consumir. Leve em conta seus interesses pessoais e preparo físico na hora de escolher um roteiro. Seja participativo e solidário. Lembre-se de que todo motociclista é um irmão. Quando houver necessidade, ofereça ajuda.

2. Se você esta indo para algum encontro, ligue para o motoclube anfitrião certificando-se das informações que nos foram passadas, uma vez que não temos como saber de mudanças repentinas no cronograma.

3. Seguro de roteiro – Aguarde, estamos negociando com operadoras.

4. Lembre-se de revisar a sua moto seguindo uma planilha determinada pelo Dr. Mototour, ou por você próprio. Este procedimento simples, com certeza, evitará possíveis transtornos durante sua viagem. Você deve também conferir todo o equipamento que vestirá, bem como a documentação sua e da moto, para que tudo transcorra na mais perfeita ordem.

5. Ao definir o seu roteiro de viagem, em nosso site, imprima-o para que você possa seguir as dicas do percurso e os locais de abastecimento da sua moto. Nossa indicação é de que você deve abastecer a cada 150km, aproveitando para dar uma olhada geral na moto e na bagagem e, na oportunidade, fazer exercícios de alongamento.

6. Se decidir por nossa indicação de hospedagem, entre em contato para fazer reserva e informe que foi indicação do site Mototour para que você receba desconto justo e merecido.

7. Leve o mínimo de bagagem possível, roupas leves, sapatos adequados e confortáveis.

8. Respeite as comunidades locais, seus valores, crenças e costumes. Não tenha atitudes que impactem com a tradição local. Como exemplo podemos citar que algumas comunidades indígenas não permitem fotografia.

9. Leve seu filme fotográfico, escolhendo o ISO de acordo com suas intenções. Evite compra-lo em locais que recebam sol e que tenha origem duvidosa. Procure sempre loja especializada.

10. Evite pilotar sozinho e a noite por estradas não conhecidas.

11. Se você leva carona, lembre-se de tocar-lhe de quando em quando para evitar que ele cochile. Existe estatística que mostram índice elevado de acidentes porque o carona dormiu e provocou o desequilíbrio do conjunto.

12. Não informe o seu destino para desconhecidos. Diga sempre o roteiro inverso.

13. Além das ferramentas que acompanham sua motocicleta, procure também levar, se possível, os seguintes utensílios:
- Kit de reparo rápido para furos em pneus sem câmara.
- Spray para enchimento emergencial de pneu com câmara.
- Lâmpadas sobressalentes.
- Cabos de embreagem e de acelerador.
- Velas de ignição.

14. Cuidado com as sombras sobre o asfalto, ela pode esconder buracos.

15. Se algum colega já fez a viagem que você planeja, expecule-o sobre tudo que você deseja saber. Lembre-se de que a humildade atalha caminhos.

16. No mais, é aproveitar. Boa viagem!.

12 de janeiro de 2012

OS CUIDADOS EM SER MOTOCICLISTA

A ESTRADA MELHORA DAQUI PARA A FRENTE

Site: http://blog.fabiomagnani.com
Data -05-01-2012
Fábio Magnani

Andar de moto é perigoso. Por isso é preciso tomar muito cuidado. O cuidado fundamental é nunca deixar o destino ser mais importante do que a jornada. Quando isso acontece, o motoqueiro deixa de aproveitar a paisagem na estrada, deixa de curtir a pilotagem nas ruas e deixa de sentir o movimento do corpo nas acelerações, nas freadas e nas curvas. Esse tipo de atitude, de não se concentrar no momento, é a principal causa dos acidentes – não a velocidade, as manobras ousadas ou a falta de equipamentos de segurança. Afinal, todo mundo sabe que a principal causa dos acidentes das motos são os carros com motoristas distraídos. Além disso, quando alguém pensa no futuro, e não no presente, deixa de viver. Mas o pior mesmo é que o motoqueiro, quando anda distraído, deixando de aproveitar o momento, fica parecido com um motorista de carro. Arghh!

Ultimamente tenho estudado bastante sobre o motoqueirismo. Tenho interesse em aprender como as várias facetas do nosso mundo influenciam e são influenciadas pelas motos: psicologia, cultura, jornalismo, sociologia, turismo, guerra, tecnologia, indústria, saúde, trabalho, trânsito e mercado. Assim como andar de moto, estudar também carece de muito cuidado. Cuidado para não deixar que o acúmulo de conhecimento seja mais importante que o aprendizado. De nada vale concorrer com uma enciclopédia para ver quem sabe mais. O processo de aprendizado é que cria as novas visões que nos permitem agir. Conhecimento é coisa morta, aprendizado é a vida.

Quando o dia a dia está muito cheio de projetos e preocupações só para o futuro, é hora de andar mais devagar, subir na moto, escolher uma estrada de terra cheia de curvas e serras, sentir o cheiro da mata e olhar para a paisagem. A mesma coisa com os livros. Quando o estudo começa a virar um grande projeto de acúmulo de conhecimento para o futuro, é hora de pegar algum livro especial para lembrar que o aprendizado está no presente.

Para fazer a mente andar mais devagar e com mais liberdade para escolher o caminho, eu gosto de ler sobre aventureiros de moto. Com eles eu aprendo a sempre dar muito valor ao novo e à opinião das pessoas que encontro por aí. Ainda bem que há muita coisa escrita por viajantes. Só na minha estante tenho mais de 50 livros. Todos são diferentes, pois cada viagem é única em suas experiências e consequências. Eu prefiro viagens solitárias, feitas por amadores de moto e profissionais da vida.

Então, já cansado de tanto estudar sobre motos para adquirir conhecimento para projetos futuros, comecei a perambular pela minha biblioteca à procura de um livro tranquilo para ler. O escolhido foi “The Road Gets Better from Here” (A Estrada Melhora Daqui Para Frente), que eu já tinha começado a ler um monte de vezes. Eu ganhei esse livro no natal de 2008. Logo na primeira página tem uma dedicatória da Renata.

Que em 2009 você possa alcançar seus sonhos. Que este livro te inspire na construção do seu próprio livro. Acho que é das suas viagens de moto que o escritor dentro de você vai desabrochar. Breve terá um companheiro de viagens, dentro ou fora da minha barriga.

Foi mais ou menos o que aconteceu. De lá para cá, o Dante nasceu, viajamos para o Atacama e eu tenho escrito muito mais no blog. Ainda não publiquei um livro, mas tudo a seu tempo. Por falar em blog, foi naquele verão, nas águas de Japaratinga, que eu e a Renata conversamos sobre qual seria o melhor formato. Até ali, eu tinha um blog só para dar notícias dos passeios e colocar algumas fotos. O novo blog seria um lugar para escrever minhas impressões sobre o motoqueirismo, falar sobre o que eu tinha estudado, inventar algumas ficções e relatar nossas viagens com mais calma.

Voltando ao livro, quem escreveu foi Adrian Scott. Conta uma viagem de 20.000 km que ele fez em 2005 com uma Kawasaki KLR 650, uma moto tipo a nossa XT660, muito usada pelo pessoal dos EUA. O cara, um australiano, tinha na época 37 anos. Típica “crise de meia-idade”, que neste caso fez um cara que nunca tinha andado de moto antes percorrer sozinho as estradas mais desertas da Terra. Se bem que crise é o nome errado. É a mesma coisa que dizer que o Renascimento foi ruim para a humanidade, que o conformismo e a inércia da Época das Trevas é que eram bons.

A viagem de três meses começou em Magadan, no extremo leste da Rússia. De lá pegou a “Road of Bones” (Estrada dos Ossos) até Khandyga. A estrada tem esse nome porque os ossos dos trabalhadores, em geral prisioneiros políticos, que a construíram eram enterrados por lá. Essa estrada também aparece em “Mondo Enduro” (livro de 2006 sobre uma viagem de 1995) e “Long Way Round” (publicado em 2005, contando a viagem de 2004). Logo no primeiro dia ele já levou um tombaço, que o deixou com a perna machucada por um bom tempo. Mas não havia volta. Pegou muita chuva e lama na Rússia. Mas sempre pôde contar com a ajuda de caminhoneiros.

Rota da Seda. Adrian Scott não percorreu a parte mais ao leste, na China. Esse trecho ele fez pela Rússia.
O seu objetivo mesmo era percorrer a “Silk Road” (Rota da Seda), um conjunto de estradas milenares nas quais as caravanas transportavam produtos da China, Índia, Pérsia e Europa. Ele era apaixonado pelos monges, mercadores e saqueadores que tinham passado por ali. A curiosidade tinha aparecido ao ler na infância as 1001 Noites de Sherazade, as aventuras de Marco Polo e as conquistas de Genghis Khan.

O livro é bem dividido entre os nove países por onde ele passou: Rússia (100 páginas), Cazaquistão (20), China (30), Quirguistão (15), Tadjiquistão (85), Uzbequistão (60), Turcomenistão (30), Irã (30) e Turquia (30). Do ponto de vista da geografia, dá para dividir o livro em três partes: as estradas enlameadas da Rússia, os desertos da China (Taklamakan) e depois do Turcomenistão (Karakum), e as grandes montanhas Pamir, o teto do mundo, que ele conheceu a partir do Quirguistão. Ele cita também as cordilheiras Tien Shan e Altai.

Os três temas principais são a vitória sobre desafios pessoais, as pessoas que ele encontra no caminho e as mudanças que uma aventura dessas traz ao viajante. Em geral, quanto mais pobre o lugar onde ele passava, mais as pessoas estavam dispostas a dividir a comida e a casa com ele. Só que nem sempre era assim, pois alguns lugares em que a ditadura ainda reinava, as pessoas eram muito desconfiadas. Mas, independente da região em que ele vagava, sempre que precisou de algo importante, como combustível, conhecimento, comida ou manutenção na moto, havia alguém para ajudar. Coisa que fica bem mais fácil quando se está de moto, sozinho, andando devagar e se tem a humildade dos iniciantes.

Logo no final da viagem ele perdeu a máquina fotográfica, que estava com fotos de mais da metade da viagem. Isso o deixou muito deprimido. Bobagem. O livro descreve tão bem a paisagem que dá para imaginar todos os lugares por onde ele passou. De repente, se ele ainda tivesse as fotos, não teria escrito um livro tão legal.
Viver é perigoso. Por isso é preciso tomar muito cuidado. Cuidado para não deixar o corpo parado ou a mente estática, mirando só o futuro que nunca chega. Pegue a sua moto, vá dar uma volta. Pegue um livro bem escrito, aprenda algo novo. Tome muito cuidado, pois só se vive uma vez, só se vive no presente.