9 de setembro de 2016

Expedição à Chapada Diamantina - Bahia

Na esquerda Tiago na frente, eu ao fundo
Há poucos anos iniciei minhas expedições como motociclistas. Em de em 2014 fiz o Uruguay e 2016 fui ao Fim do Mundo (Patagônia Argentina – Ushuaia/ Ruta 03 em sua totalidade e parte da 40 até El Chatén), ambos com o colega Erasmo, mas recentemente fui desafiado para outra expedição, desta feita tudo muito corrido. Tempo, quase nenhum, organizar material, roteiro e negociar parte das férias.



Agora com o amigo Tiago Amorim, também numa Falcon NX 400, iríamos para a Chapada Diamantina. O plano era sair em agosto, ao lado de um motociclista que conhecia muito do urbano.  Longas viagens requerem outro padrão de pilotagem e outros cuidados e atenção. 


Não é meu feitio pegar a estrada sem um planejamento que chega a levar meses ou mesmo ano para uma viagem de até mais de dez dias. Desafio aceito, tudo muito na corrida, passei a ver as melhores rodovias e possíveis paradas para abastecimento, alimentação e pernoite.


Tenho por experiência que em média, gasto em torno de R$ 180,00 reais por dia, tudo saindo certo.

Parece que sempre sabemos (ou imaginamos saber) o que pode ocorrer em viagens planejadas com tempo. Esta seria diferente, minha moto não estava cem por cento, o capital redirecionado, o colega de viagem jovem e totalmente inexperiente nas estradas, ou seja, valia a pena enfrentar. Cortaríamos cinco Estados, rodovias com grande fluxo de caminhão, como a Regis Bittencourt (BR-116) cortando Paraná até São Paulo e a Fernão Dias (BR 381), cortando São Paulo e Minas Gerais.

O que é a vida sem desafios, pois assim é o motociclismo e vida do motociclista estradeiro, caso contrário seria apenas andar de moto.

Alguns pontos devem ser relatados, o colega Tiago é mecânico de motos (show), motos iguais (Hondas Falcon NX 400), equipamentos semelhantes e apropriados e muita dose de paciência.


Organização (acreditei nisso) e plano de saída no dia 13 de agosto. Seriam em torno de 6.000 Km (ida e volta), partindo de São José/SC até na Chapada Diamantina, cidade de Mucugê-BA, passando pelos Estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

Para a Chapada, também rápido organizamos o roteiro, percebendo que todos os pontos escolhidos para visitação seriam muito distantes um do outro em especial: Poço Azul, Lago Encantada, Cachoeira do Buracão e a Trilha do Morro do Pai Inácio (esta a mais esperada por mim), um vale maravilhoso.

Mas um fato especial entrou na nossa programação. Através do conhecido e recém amigo Elson de Marechal Cândido Rondon do Paraná, motociclista experiente e escritor de suas viagens, me colocou em contato com o Grupo "Motociclistas do Sul”, e a partir daí o integrante e motociclista Hermes da cidade de Teixeira de Freitas (BA), perto da Chapada, montou um grupo de apoio somente para nós. Pessoas do Grupo que residiam nas cidades onde iriamos visitar.  Ou seja, deu um outro enfoque para nossa expedição. 

Importante mesmo, e vou deixar para o segundo texto, foi o comprometimento e a preocupação do grupo conosco durante toda a viagem, até o momento de colocar os pés em nossas casas. 


Fim do texto 1


Antônio Carlos Fernandes

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