29 de setembro de 2015
25 de setembro de 2015
A Memória na Câmara
A memória, imprescindível para as relações
humanas e da qual com o passar dos anos vamos perdendo consegue na fotografia,
em tese, um auxílio. Mas que memória é esta que temos na fotografia?
Segundo Flusser, “Quem contemplar álbum de
fotógrafo amador, estará vendo a memória de um aparelho, não a de um homem. Pois segundo ele "... não registra as vivências, os conhecimentos, os valores do viajante.”
Corroboro com Flusser, pois apenas o homem
é dotado de memória valorada e para tanto, Kossoy esclarece que a fotografia é “... uma
possibilidade de resgate da memória visual do homem e do seu entorno
sociocultural. "
Baseado nisso, disponibilizo mais um conjunto de
fotos extraídas na viagem ao fim do mundo (Ushuaia- Janeiro de 2015).
Bibliografia.
1. Flusser, Vilém. Filosofia da Caixa Preta. São Paulo : Hucitec, 1985.
2. Moreschi, Bruna Maria. Boni, Paulo César. Fotoetnografia: a importância da fotografia para o
resgate etnográfico.Universidade Estadual de Londrina. www.doc.ubi.pt, pp. 137-157.
Colônia Del Sacramento - Uruguay |
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11 de setembro de 2015
A Memória na Fotografia
Olá amigos,
Sempre é bom buscar pela memória
os bons momentos da vida, mesmo que com elas (memórias), também venham
agregados outros sentimentos, mas que necessitam ser sempre avaliados.
Em janeiro deste ano consegui
fazer minha segunda longa viagem, pois a primeira foi em outubro de 2014, onde
fiz com o colega Erasmo o Rio Grande do Sul e boa parte do Uruguai.
Esta foi especial para mim, pois
era um sonho de juventude, se transformou numa grande aventura e graças ao bom
Deus, correu tudo bem.
Percorremos pouco mais de 11.000
mil quilômetros e nos 22 dias conheci um pouco mais do meu país, grande
parte do Uruguai e pode-se dizer que muito do Território Argentino, pois ir até
o Fim do Mundo tem disso.
Ou seja, conhecer novas culturas,
povos, línguas, sabores e certo, alguns dissabores, mas nada que fosse
comprometer a viagem e o compromisso de estar e ser feliz naqueles dias.
Recentemente uma pessoa que muito
estimo perguntou se estava feliz. Ela mesmo já havia respondido que felicidade
são momentos apenas. É isto mesmo, temos momentos felizes, nunca estamos
completos nisso. Encerra-se ai a natureza humana, onde responde que tenho tido momentos felizes.
No todo ou em parte, digo que os
relatos sobre a viagem podem até virar um livro, mas não tenho como
transportar, pelo menos de forma mais concreta, todos os sentimentos que
vivenciei nesta viagem. Estes são meus, impregnam agora minha alma, os levarei
quando partir deste plano.
Mas posso dividir as imagens fotografadas no percurso, pois como
bem disse Vilém Flusser , falando sobre
fotos e fotografia: “ O fotógrafo nelas
navega, regiões nunca dantes navegadas, para produzir imagens jamais vistas” e
continua, “... o fotógrafo salta por cima das barreiras que separam as várias
regiões do espaço-tempo”. Quando me dei
conta era um fotógrafo de minha trajetória, havia mergulhado num campo que cativa e seduz
rapidamente, a fotografia.
Chega de escrita, vamos as
imagens, congeladas no espaço-tempo, trazendo uma gama de significados que
divido com todos.
É sempre importante dizer que também somos fotografados.
Até mais.
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