25 de julho de 2014
Porque de Moto?
“Porque de moto?”
Parte 1
O título não é meu, pois em
algumas oportunidades li alguns textos com este mesmo tema. Mas ultimamente
alguns amigos e outros que se aproximam para ser e até mesmo curiosos tem me
feito essa pergunta.
De início até que gostava de
falar a respeito, mas confesso que ficando enfadonho e digo o porquê. Os que me
conhecem de longa data e até os mais novos, sabem que até 2010, jamais tinha
colocado do traseiro no assento de uma moto para pilotar e as pouquíssimas
vezes que o fiz, fora na carona.
Confesso que de carona a situação
é super desconfortável, bem porque, sou pessoa que prefiro ter o domínio da
minha vida e sinceramente, de carona sobre uma moto a submissão é total. Não
tens nada o que fazer e sua diversão é limitadíssima e ainda estás a mercê de
alguém que a princípio, tens de confiar 50%. Pois o 50% restante, depende muito do outros condutores
que compartilham as estradas. Tem coisa pior.
Mas chega de enrolação e voltamos
ao tema inicial que se detinha nos constantes questionamentos, “porque de moto?”.
Na verdade minha primeira moto foi uma
Falcon 2007 (preta), pensa na relíquia linda, com quem fiz uns 35.000 km. A
intenção inicial era comprar para meu filho que à época pensava em comprar uma
moto e tinha preferência por modelos aerodinâmicos, ou seja, para velocidade.
E como pai, arrepiei os pelos da
nuca, pois mesmo sabendo da pessoa responsável que sempre foi, tinha ele outra
qualidade, é jovem e isso o leva a 50 % para possíveis excessos. Portanto, um
amigo apontou a solução, compre uma off-Road de média cilindrada, que lhe dará
um pouco mais de controle na velocidade.
Dito e feito, mostrei a moto e o
olhinho dele brilhou, negócio feito, o pai comprou a moto, claro que impondo
condições. Depois de alguns meses vi a situação inverter, quem se apaixonou
pela moto foi eu, que nem CNH tinha para ela. Tirei a carta e não parei mais de
pilotar. E claro as condições impostas (sair com cadeado, levar o controle do
alarme) ao jovem foram aos poucos não toleradas por ele e acabei ficando com a
moto. Ele comprou uma CBR 250.
Porque de Moto? Até em
dias de chuva vou para o trabalho de moto, ainda mais que estou sempre me
preparando para a minha longa viagem. Àquela que iria fazer em março deste ano
para Ushuaia com o amigo Erasmo e pela trincada do tornozelo foi tudo abordado.
Esse é outro relato que estou preparando com zelo, pois tombei a moto a 30 km/h
e foi-se o pé esquerdo.
No final das contas, ser
motociclista veio a ser a realização do sonho de uma criança que ansiava por
sua motoquinha, de um jovem que vislumbrava a possibilidade de tê-la e cresceu admirando
motos e não as podia comprar, pois também jovem estava compromissado com a
família visava apenas o bem-estar dela.
Sou do tempo da revista Moto Show
[http://www.clubedr800.com.br/clube/motoshowDR.pdf], que colecionava
mensalmente e assim o fiz por muitos anos. Pensa no papel acumulado com todos
os lançamentos da categoria nos anos 80. Na verdade nunca deixei de sonhar com
motos, só dei um tempo e desviei os interesses. Era o papel para alguns anos.
Estou novamente com preparativos
para uma viagem em outubro/2004, às regiões da Missões/RS e depois margear a
fronteira do Rio Grande do Sul, voltando para Santa Catarina.
Por que de moto? Tem jeito
melhor de viajar, pegar sol, chuva, vento, vendo os problemas crescerem na sua
frente e sendo o para-choque, e literalmente fazendo parte da paisagem. Só de
moto.
Há outras variáveis, tais como a
forma como se pilota define muito sua personalidade e caráter na estrada,
reflete também a educação que seus pais deram e muito do que vc não absorveu
quando comete atitudes irresponsáveis.
Com o amigo Erasmo - dez/2013 |
Então pergunto, porque não de
moto? Econômica, versátil, exigente no equilíbrio e além de tudo exercita o
corpo. Hoje estou com outra Falcon NX 400i, modelo 2013, onde pouca coisa mudou
e sinceramente a Honda continua massacrando a gente. Lhe tiraram muito do
estilo que a consagrou. O que mais sinto falta nesta é a proteção cromada da
ponteira de descarga. A atual é de plástico, vergonha para a Honda, fora o fato
de ainda não ter melhorado o assento dela. Ergonomicamente não é adequada para
longas viagens. E lá vem o assento de gel.
De momento fico por aqui.
Dez/2013 Bom Jardim da Serra indo para o RS |
Antônio Fernandes
Motociclista
16 de julho de 2014
O Imaginário de Onde Se Pode Ir
Nestes vários anos que transito pelas redes sociais, mais ainda, a partir do momento que comprei minha primeira moto e que já rodei cerca de 50.000 Km, busco estar sempre garimpando o que for melhor para postar nos Blogs [Caprona, Avulsos MG e Falcon em Viagem], onde cada link reflete um período, grupo de amigos e situações que vivenciei.
A saudade é grande de muitos amigos que já não mais estão rodando nas estradas deste plano de existência o que muito me entristece, pois todos tinham muitos planos, pessoais ou não e de alguma forma tudo convergia para o motociclismo e com estes, muito aprendi
Mas porque estou agora com estas falas? Já lhes digo, pois gosto de dedicar diariamente à leitura dos inúmeros sites, blogs e redes sociais para então abastecer minhas páginas. Com os de interesse, solicito por escrito (e-mail), autorização para reproduzir o material, pois entendo que direito autoral é questão de lei e de honra para quem transita pela net.
Vamos ao que interessa, pois num destes garimpos, no site http://blog.fabiomagnani.com/?p=28012, do professor e motociclista Fábio Magnani, da Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Pernambuco (sugiro a leitura), temos o texto “Motoqueiros em Fuga”.
O texto em si, de ótimo conteúdo e leitura, apresenta na inicial a reprodução do desenho “Poça D’agua (uma Litografia de 1953, do artista gráfico Maurits Cornelis Escher (1898-1972). Sugiro uma visita ao site http://www.mcescher.com/about/biography/, pois este desenho consegue traduzir o que há muito tempo buscava para reproduzir as marcas de ser um viajante, neste caso um motociclista.
M. C. Escher, consegue na imagem (na análise de Magnani), mostrar as muitas formas de se viajar e imaginar todo o possível nos terrenos que se pisa.
Quanto a mim, me desdobro no olhar para também perceber a profundidade das marcas deixadas e o impacto que este caminho possa ter representado aos viajantes imaginários do autor
Então, estou aqui hoje para aguçar a curiosidade dos leitores com o Litografia e os dois links especiais, esperando seus comentários.
Um forte abraço,
Antônio C. Fernandes
Historiador/Motociclista
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