19 de dezembro de 2013

Com o Espírito Já em Viagem




 Finda mais um ano e como diz meu dileto amigo Pedro Santos " Caminhamos para frente é certo, mas deixamos nossos passos sem profundidade com marcas voláteis no tempo. Não olhamos para trás percebendo as cicatrizes de nosso caminhar, apenas transitamos como é permitido."

Estou na reta final, onde os objetivos da viagem se tornam mais próximos, os preparativos deixa-nos mais ansiosos, ou seja, agora é o válido de nossa experiência.

Pelas falas de Zé Albano, autor do Manual do Viajante Solitário, nos remete a simplicidade que é estar na estrada sob um motocicleta, pois o "mais importante do que alcançar o objetivo é aprender as lições que o caminho até ele ensina", e complementa quando lhe perguntavam de sua coragem em estar solitário na estrada “Coragem é a sua de ver a vida passar dentro de casa! Como é que você tem coragem de gastar a vida desse jeito?”

O que realmente quero que percebam vem do fato que minha alma já se encontra em viagem e, pelo tempo que for permitido lá estarei, mesmo quando preparando  novos destinos. Ainda comentando Pedro Santos, costuma ele dizer que " ...o tempo cobra da mente, na alma etérea fica e o corpo matéria bruta se vai".

Quero levar na mente e na alma, toda experiência de meu corpo,  no conjunto dos meus sentidos.


Antônio C. Fernandes









9 de dezembro de 2013

Patagônia


5 de dezembro de 2013

O Horizonte e o Destino



Quando se opta por viajar numa motocicleta deve-se estar preparado inicialmente para fazer parte de um mundo totalmente novo.

Inicia sua aventura apenas indo na esquina, depois para o bairro vizinho e quando se dá conta está enfrentando trânsito pesado e o ponto no horizonte parece não chegar jamais.

Então você percebe que àquele mesmo horizonte transforma seu bairro, cidade e país apenas num quintal diminuto. Neste momento é que tudo muda, pois até então sua vida tinha fronteiras bem demarcadas e agora  as linhas dos mapas passam as ser seus objetivos.

E tem mais, estas mesmas linhas e fronteiras passam a influenciar seu destino e o horizonte é visto como imensurável.


Nesse todo que agora você faz parte, além de seu pequeno mundo anterior, juntam-se outros que também são chamados para essa aventura e neste momento acontece outra mágica, pois os pontos no horizonte são delimitados para dar vazão aos sonhos.

Estes sonhos tomam forma com horas, meses e anos de planejamento e ao final  tomo emprestado as falas de Guilherme V. Del Russo (*) : "Mas ao longo do tempo, aprendi que o legal não é chegar logo, nem estar pronto, mas é curtir o caminho com calma. Que tempo é oxigênio para continuar e continuar e continuar."

Então amigos, neste instante os pontos são delimitados, os parceiros elencados, define-se os objetivos em comum e são traçados os planos.

A partir de agora estou iniciando os preparativos finais para a longa viagem, está que será a prova de uma parceria homem e máquina, que marcará a alma humana  e terá nas parcerias de viagem a perspectiva da solidariedade, amizade e respeito entre muitos outros quesitos necessários para o sucesso percurso.

Daremos notícias.

Antônio Fernandes
Editor do Blog




(*) Site de http://filosofiaderaros.blogspot.com.br/ - de Guilherme Villagio Del Russo, que recomendo.


21 de novembro de 2013

Olá amigos de estrada.

Espero que reflitam sobre o texto de Fábio Magnani


"Motos Que Carregam o Mundo

Tenho certeza que as motos não são católicas. Isso porque não podem ser explicadas em sua totalidade nem pelas leis do Paraíso nem pelas penúrias do Inferno. Não são nem só boas nem só más. Motos estão mais para o Panteão Grego, com toda aquela mistura de caos e ordem, perfeição e mesquinharia, drama e comédia. Afinal, as motos trazem consigo acidentes, inclusão social, poluição, trabalho digno, desperdício, aventura, congestionamentos, lazer, dívidas e, o que eu mais gosto, as motos trazem consigo uma transgressão renovadora. As motos representam a vida exatamente como ela é: perigosa, inesperada, caótica, linda, libertadora e surpreendente.

Uma pena que revistas, filmes e jornais tentem esconder toda essa complexidade do mundo das motos. Ou eles mostram só o modelo propagandista americano – motos inacessíveis em inexistentes cenários sem tráfego -, ou só as catástrofes do terceiro mundo – acidentes, fumaça, desperdício, violência e pobreza. Nenhuma dessas duas visões simplórias, uma feita para vender mais motos e outra para vender mais jornais, conduz a uma discussão minimamente inteligente de como aproveitar as vantagens das motos sem ter que conviver com os seus problemas. Na verdade, parece que todo mundo só quer saber de vender mais, sejam motos, sejam jornais, sejam esperanças eleitoreiras. Pouca gente está realmente preocupada em democratizar o espaço do cidadão e em diminuir os acidentes. "

Fonte: site http://blog.fabiomagnani.com/?p=26012 [Equilíbrio em Duas Rodas] -

3 de outubro de 2013

A Morte Devagar

A Morte Devagar
Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.


Autora: Martha Medeiros – Escritora Brasileira

27 de agosto de 2013

Cuide da Postura na Pilotagem


Olá amigos(as),

Este vídeo ilustra muito bem o cuidado que devemos ter com nossa coluna vertebral.

Então, os cuidados ao pilotar devem ser observados.

Acredito que sirva bem para i motociclismo.





13 de agosto de 2013

Boas Lembranças

Olá pessoal,


Dizem que dia de chuva serve bem para lembrar das coisas boas da vida, da infância, dos amores de juventude, dos amores mais maduros, das brincadeiras com os filhos, dos lugares alegres visitados e que nisso tudo, as tristezas fiquem distantes.

Também é hora de lembrar dos amigos, bons amigos. Esta  foto foi tirada em Capão da Canoa-RS [maio/2012], no canto esquerdo o amigo do peito Adriano. Temos que colocar as conversas em dia meu grande amigo.

Um forte abraço a todos.

Antônio Fernandes



Capão da Canoa-RS

9 de agosto de 2013

INSTANTES


Agora pretendo chegar aos 85, isso porque percebi que na próxima vida vou ter de viver tudo muito semelhante ao que passei aqui. Ou seja, entre mundos não vou ficar.

Portanto,  entendo que  estes versos atribuídos ao poeta Argentino Jorge Luis Borges, retratam o que penso neste momento da minha vida.

Posso garantir que há algum tempo tenho feito um pouco do que ele propõe, com bons resultados.  
Pelo menos não quero sair daqui com um gosto insosso na alma, como se tudo tivesse sido enjoativo, como se as pessoas não tivessem jeito, como se a vida não fosse uma dádiva divina. 

Agora quero chegar aos 85 e no meu derradeiro olhar lembrar de como foram todos os amores, os filhos, os pais, os que partilharam tudo isso e levo comigo em cada semblante, aceno, risos, sorrisos e olhares . 

Ah, quantos olhares partilhei até encontrar o que amei.  

Antônio C. Fernandes



INSTANTES

"Se eu pudesse novamente viver a minha vida, 
na próxima trataria de cometer mais erros. 
Não tentaria ser tão perfeito, 
relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido. 
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério. 
Seria menos higiênico. Correria mais riscos, 
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, 
subiria mais montanhas, nadaria mais rios. 
Iria a mais lugares onde nunca fui, 
tomaria mais sorvetes e menos lentilha, 
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. 
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata 
e profundamente cada minuto de sua vida; 
claro que tive momentos de alegria. 
Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente 
de ter bons momentos. 
Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos; 
não percam o agora. 
Eu era um daqueles que nunca ia 
a parte alguma sem um termômetro, 
uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas e, 
se voltasse a viver, viajaria mais leve. 
Se eu pudesse voltar a viver, 
começaria a andar descalço no começo da primavera 
e continuaria assim até o fim do outono. 
Daria mais voltas na minha rua, 
contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, 
se tivesse outra vez uma vida pela frente. 
Mas, já viram, tenho 85 anos e estou morrendo" 

17 de março de 2013

A VIDA


Volver e Creer -  Yanni e José José- 2008

Penso que a vida é o mais precioso que temos de Deus, claro que os nossos mais queridos serão sempre muito importantes, por isso entendo que esta música diz muito sobre nós e o que devemos à vida.


http://youtu.be/BNbOFVn0LnA