Este fato aconteceu na minha cidade natal (Florianópolis/SC), onde a comunidade, vendo-se refém da marginalidade, ignorando os princípiosda legalidade "tomaram a justiça em suas mãos".
Sendo operador da segurança pública, claro que não posso concordar com isso. esse fato reflete a insegurança e o descaso do poder público para com o ítem segurança pública.
Meu receio é que este fato venha a replicar-se noutras cidades, desencadeando ações comunitárias contrárias às normas legais vigentes, refletindo assim, um senso de poder e justiça que não representa a legalidade, mas que de alguma forma mostra a INCOMPETÊNCIA dos administradores. Lembre-se de quem votar na próxima eleição.
8 de dezembro de 2011
22 de outubro de 2011
17 de outubro de 2011
RONALDINHO RECEBE MEDALHA MACHADO DE ASSIS
Prezados Imortais,
Com certeza os nobres eruditos irão bailar sobre minha ortografia ou mesmo a falta de concordância nela contida, mas não poderia deixar de expressar meu descontentamento e vergonha por ter essa Academia Brasileira de Letras conferido ao jogador Ronaldinho tamanha honraria com a medalha Machado de Assis.
Nos últimos anos tenho presenciado grandes mudanças na sociedade brasileira, mas não poderia imaginar que tais disparates fossem invadir essa nobre guardiã da língua portuguesa em meu país.
Não posso sentir vergonha de ser brasileiro, isso jamais o farei, pois meu patriotismo está acima da vergonha que ora sinto ao me referir aos ‘Imortais’.
“Pior ainda é ver que não houve por parte de qualquer de seus acadêmicos, mínima manifestação coerente e brasileira sobre a “honraria” ao personagem que, acredito eu, saiba ler corretamente.
Já somos motivo de piadas pela existência de um cordel de políticos corruptos, mas isso sobrepuja o senso de coerência. Penso no que vou dizer a meu neto. “filho, jogar futebol faz também merecer a medalha Machado de Assis, faça a sua parte pelo Brasil, jogue futebol e não se preocupe em estudar.”
Que vergonha.
P.S. Escusas pela ortografia, estou tentando me igualar ao Ronaldinho para merecer um medalha.
Antônio Carlos Fernandes
São José-SC
Brasileiro com vergonha na cara.
14 de outubro de 2011
AJUDA DO PROJETO RODAS PARA A VIDA
Quando aceitei iniciar com o Monstros Moto Clube o programa RODA PARA A VIDA, na parceria com o Conselho Comunitário de Segurança de Forquilhas, pensamos em algo simples que pudesse atender pessoas com necessidades especiais (cadeirantes) e diabéticos, pois sabemos as dificuldades enfrentadas para se conseguir atendimento pelo poder público.
Hoje com as atividades bem avançadas, o projeto cresceu, além das doações previstas, adotamos duas entidades assistenciais e preparamos um evento musical para o final do ano.
Nesta semana o Monstros Moto Clube fez sua primeira doação (veja no blog monstrosmotoclube.blogspot.com).
Ainda necessitamos de apoio para completar nossos objetivos e atender o nosso público.
Partindo deste fato, venho à público solicitar da sociedade internauta, daqueles que tenham percebido a transparência do projeto, que possam nos ajudar.
Adianto que a entidade possui CNPJ, com registro em cartório toda a documentação muito bem organizada e atuança em suas propostas de atividades .
Entre em contato pelo e-mail : monstrosmotoclube@gmail.com
48-8816-2840
Antecipadamente agradeço
Antônio Fernandes
Secretário-MMC
20 de setembro de 2011
FASE DE ARRECADAÇÃO PARA O PROJETO DO MOTO-CLUBE
Olá amigos,
Conforme informado no blogo do Moto Clube, estamos em andamento com um projeto social importante para nossa região. Nosso Moto-Clube visualiza outras formas de solidariedade que não apenas àquela com nossos companheiros de moto-clubes e amigos de estrada.
A questão da solidariedade para com os mais necessitados sempre foi ponto de honra para nosso grupo e vemos que a quase totalidade dos Moto-Clubes, Moto-Grupos e congêneres fazem o mesmo.
A partir de hoje estamos buscando todos os meios possíveis e legais para alcançar nosso objetivo no projeto. Ele se encontra em escopo no nosso Blog na página “Projeto”.
Portanto estamos abertos a doações, principalmente cadeiras de rodas, medidores de glicemia, alimentos e dinheiro, afim de poder dar ênfase às etapas desejadas para o sucesso do programa.
Esclarecemos que o Moto-Clube é uma Associação sem fins lucrativos, com CNPJ, estando seu estatuto devidamente registrado em cartório.
De momento, definimos a data de 01-11-2011, para o fechamento da 1ª fase de arrecadação, vindo assim a suprir a demanda de pessoas necessitadas. Ajudanos a comprir nosso objetivo.
De momento, definimos a data de 01-11-2011, para o fechamento da 1ª fase de arrecadação, vindo assim a suprir a demanda de pessoas necessitadas. Ajudanos a comprir nosso objetivo.
Estando com dúvidas favor entrar em contato pelos fones 48-8816-2840 e 3247-2665, ou pelos e-mails monstrosmotoclube@gmail.com e capronassp@gmail.com
Atenciosamente,
Secretário Moto Clube
19 de setembro de 2011
Lançado o Projeto RODAS PARA A VIDA
Conforme podem visualizar no Blog monstrosmotoclube.blogspot.com, está em andamento um projeto social importante para nossa região de São José/SC. O Monstros Moto-Clube visualiza outras formas de solidariedade que não apenas àquelas com nossos companheiros de moto-clubes e amigos de estrada.
A questão da solidariedade para com os mais necessitados sempre foi ponto de honra para o grupo e vemos que a quase totalidade dos moto-clubes, moto-grupos e congêneres faz o mesmo.
A partir de hoje esta sendo aberto a campanha para buscar todos os meios possíveis e legais no sentido de alcançar o objetivo do projeto. Ele se encontra em escopo no Blog do Moto-Clube, na página “Projeto”[http://monstrosmotoclube.blogspot.com/p/inicio.html].
Portanto está aberta a etapa de captação de doações, principalmente cadeiras de rodas, medidores de glicemia, alimentação e é claro, condições financeiras, qualquer quantia, afim de poder dar ênfase às ao sucesso do programa.
Ainda esta semana, será aberta conta bancária para recber as doações. Esclareço que o Monstros Moto-Clube, existe há nove anos, sendo uma Associação sem fins lucrativos, com CNPJ, estando seu estatuto devidamente registrado em cartório.
Caso tenha dúvidas, favor entrar em contato com este signatário [Antônio Fernandes], Secretário do Moto Clube, fone (+55) 48-8816-2840, ou pelos e-mails monstrosmotoclube@gmail.com e capronassp@gmail.com
Antecipadamente agradecemos.
Antônio Fernandes
Secretário MMC
18 de setembro de 2011
7 de agosto de 2011
27 de julho de 2011
PROJETO EDUCANDO PARA O TRANSITO
DIA DO MOTOCICLISTA
Os motociclistas defendem suas eternas companheiras em qualquer situação. Para a maioria, a moto é símbolo de liberdade e aventura, além de mais prática e de fácil utilização.No Brasil, é cada vez maior o número de pessoas que preferem a motocicleta ao veículo motorizado de quatro rodas. Também cresce o número de pessoas que utilizam as motocicletas como instrumento de trabalho: são os "motoboys" ou "mototaxistas", motociclistas entregadores e outros.
Seja qual for a finalidade do uso das motocicletas, lazer ou trabalho, os condutores têm regras a seguir. O cumprimento destas regras pode ajudar a reverter o alto índice de acidentes no país envolvendo motociclistas.
Algumas regras e cuidados para os Motociclistas:
Ser habilitado na categoria AB.Usar sempre capacete de segurança.
Não "costurar" o trânsito entre veículos em movimento.
Praticar a direção defensiva. Manter - se afastado dos outros carros e pilotar prevendo as ações dos outros.
Não transportar crianças menores de sete anos ou que não tenham condições de cuidar da própria segurança.
Mesmo durante o dia, circular de farol aceso.
Vestir - se com roupas claras ou usar faixas refletivas nas costas, frente e braços da jaqueta.
Ter muita atenção em manchas de óleo, poças d'água, buracos, etc...
Ter cuidado com os cruzamentos: sempre parar e olhar antes de passar. Ocupar adequadamente seu espaço nas ruas e nunca dividir a mesma faixa com outros veículos.
Saber usar os freios com habilidade ou seja, sempre os dois ao mesmo tempo, usando os quatro dedos na hora da frear. É bom lembrar que além de ajudar a parar, o freio traseiro mantém o equilíbrio da moto.
Vamos manifestar nossa solidariedade por meio de boa conduta no trânsito e Apoio a medidas que melhorem a sua segurança.
PROJETO EDUCANDO PARA TRÂNSITO
Tem o Apoio Institucional da Policia Civil e IGP
"LEVANDO EDUCAÇÃO PARA UMA NOVA CONSCIÊNCIA NO TRANSITO"
Tem o Apoio Institucional da Policia Civil e IGP
Contatos,
para solicitar o Projeto em sua Escola, Empresa..:
Agente de Policial Civil Andre Marcelino (Detran)-9988-0180
Agente de Policial Civil Almir F. de Souza (IML) - 9954-1370
Psicóloga Policial Rejane Góes (DRP) - 3461-2400
Agente de Policial Civil Almir F. de Souza (IML) - 9954-1370
Psicóloga Policial Rejane Góes (DRP) - 3461-2400
Resp. p/ Envio: Almir F. de Souza (IML-Criciuma)
Realização: Delegacia Regional de Policia da 6ª Região/Criciúma, Detran da 6ª Região e IML da 6ª Região
Apoio : Associação dos Policiais Civis da 6ª Região / Criciúma
Objetivo: Conscientizar os futuros motoristas ( jovens e adolescentes ), bem como motoristas em geral, para os riscos dos acidentes e suas conseqüências, tendo como palestrantes: Rejane Góes (Psicologia do Transito), André Marcelino (Legislação do Transito) e Almir de Souza (Vitimas do Transito).
O projeto teve inicio em junho de 2006, onde atendeu cerca de 4.000 alunos do ensino médio na rede publica e privada, também algumas empresas: Expresso Coletivo Forquilhinha, Canguru, Imbralite...
Obs: As palestras são realizadas na sala do Detran
Há casos em que a equipe se desloca até a escola ou empresa, quando a escola não oferece meios de locomoção.
Contatos para agendamento ou novos esclarecimentos, através dos telefones:
3461-2400 ( Delegacia Regional / Dr. Jorge Luiz Koch )
9954-1370 ( IML / Almir )
9988-0180 (Detran / André Marcelino)
O PROJETO EDUCANDO PARA O TRANSITO RECEBE O APOIO
INSTITUCIONAL DA POLICIA CIVIL, ASSOC. DOS POLICIAIS CIVIS, IGP (IML), DETRAN
Folder
22 de julho de 2011
Dia do Motociclista
50 MOTIVOS PARA SER UM MOTOCICLISTA
Fonte: Revista Motociclismo Magazine nº 50
Acredito que um deles se encaixa perfeitamente com você, ou então todos, a escolha é sua.
01 - Pelo espírito de liberdade;
02 - Pelo vento na cara;03 - Por sentir a garupa agarradinha na sua cintura;
04 - Por ter uma 125 e se sentir um Valentino Rossi numa 500;
05 - Por ter uma custom e ser o próprio Peter Fonda em Easy Rider;
06 - Por fazer novos amigos, que falam a sua língua;
07 - Por poder viajar em grupos;
08 - Por ficar encharcado e feliz;
09 - Por ter a sua pista livre em cima da faixa, quando o trânsito está totalmente congestionado;
10 - Por poder andar sujo, no melhor estilo aventureiro;
11 - Por poder usar a sua fantasia de mau, com caveiras e crucifixos;
12 - Para ir ao Mundial de Motos torcer pelo Alexandre Barros;
13 - Para poder juntar um dinheirinho e comprar uma moto maior;
14 - Por já ter dinheiro e status e finalmente voltar a andar de moto, como na juventude;
15 - Para ouvir o ronco do motor;
16 - Para matar de inveja o seu vizinho careta;
17 - Para conquistar as menininhas;
18 - Para trabalhar, porque a moto é o seu ganha-pão;
19 - Para se sentir poderoso dentro do seu macacão de couro;
20 - Para ter a sensação de voar, como um pássaro do asfalto;
21 - Para ser o pole position nos faróis das grandes avenidas;
22 - Porque a primeira trilha a gente nunca esquece;
23 - Para passar nos pedágios sem pagar;
24 - Para ter um estacionamento exclusivo no shopping center;
25 - Para dar umas escorregadas, porque um tombinho não dói;
26 - Para fazer uma curva e sentir o joelho quase ralando no chão;
27 - Para encher o seu capacete de adesivos bacanas;
28 - Para ir aos encontros de motos falar sobre motos;
29 - Para tentar dar um cavalo de pau com a roda da frente, como Tom Cruise em Missão Impossível 2;
30 - Para cruzar do Paquistão à Índia, como fez Rafael Karan, o aventureiro;
31 - Para comprar um monte de acessórios e deixar sua moto personalizada;
32 - Para poder carrega-la na caçamba da sua picape até a entrada da trilha;
33 - Para servir de moto-táxi no Nordeste e faturar uma graninha a mais;
34 - Para vir a ser um grande piloto de motovelocidade;
35 - Para poder abrir sua própria oficina de motos;
36 - Para um dia participar do Racing Day, em Interlagos;
37 - Porque todos os caminhos levam a Daytona, o grande encontro mundial de motos;
38 - Para se perder numa trilha no meio da noite;
39 - Para rasgar sua calça no mourão da cerca;
40 - Para deixá-la parada na garagem de casa e apenas ficar admirando-a;
41 - Para sentir o cheiro de óleo queimado da sua velha e inesquecível 2T;
42 - Porque entre sua namorada e a moto, você fica com a moto;
43 - Porque a moto só tem dois lugares: não cabem a sogra e o papagaio;
44 - Porque ela gasta muito menos combustível que seu carrão;
45 - Porque ela leva você pelos caminhos da emoção;
46 - Porque no peito de todo motociclista, bate um coração aventureiro;
47 - Porque você consegue extravasar por trás de sua viseira, mesmo que as lágrimas embacem o seu caminho;
48 - Porque um dia você sonhou que chegaria lá;
49 - Porque você ama estar vivo;
50 - Porque você é isso meu amigo, um amante da liberdade . . . motociclista.
21 de julho de 2011
Como Funciona o Pneu da Moto
Fonte no final da reportagem
"Recebi este texto relativo a uma reportagem do Jornal Motovrum, por e-mail, do amigo motociclista Carlos Seidel e como achei bem feita, resolvi postar aqui. Tem informações interessantes sobre pneu de moto. Se seguirmos as dicas, aumenta em muito a vida útil e a segurança do motociclista."
Entenda como funciona um pneu de motocicleta
Os pneus das motos são responsáveis pelo contato que a máquina tem com o solo, é por meio deles que a locomoção do veículo pode ser feita, não sem antes uma série de engrenagens que brotam do interior do motor chegar até a corrente. Então, fique atento, porque hoje é o dia de desvendar o pneu, um dos principais componentes das motocas.
Calibragem
Principal ator por fazer as motos se deslocarem, os pneus também são responsáveis por criar atrito no asfalto e, consequentemente, instituir uma força de arrasto maior. É como as aves: as asas as mantêm no céu, mas também dificultam as chances de voar mais rápido por causa do atrito que os membros de nossos amigos plumados exercem sobre o ar. Ok, deixemos as aves de lado. Gerando o arrasto, o que vai determinar a quantidade maior ou menor de combustível consumido, neste quesito, é a calibragem. “A calibragem correta pode ser encontrada nos manuais dos proprietários das motocicletas e na própria motocicleta. Sempre observar o que o fabricante da motocicleta indica, pois além de depender do peso do veículo e da carga, existe a distribuição de peso entre os eixos, da potência e da velocidade que o veículo pode alcançar”, explica o gerente técnico da Rinaldi Pneus, João Umberto Volpato. O gerente também afirma que “pneus com baixa pressão de inflação causam superaquecimento, diminuem a resistência ao rolamento na estrada, provocam o desgaste irregular, danos internos e rachaduras, reduzindo desta forma sua vida útil. Além disso, pode elevar o consumo de combustível com o aumento da área de contato. Já os pneus com pressão de inflação alta tornam o veículo mais ‘duro’, sujeitando-os a danos por impacto, desgaste acentuado no centro da banda de rodagem, entre outros problemas”. Quem vai se dar pior, para início de conversa, é a famosa banda de rodagem, feita de vários tipos de borrachas sintéticas, que vai se desgastar irregularmente. Apesar de tudo isso, as motos não precisam passar por rodízios, como acontece costumeiramente com os carros. Segundo Volpato, “os pneus dianteiros normalmente possuem diâmetro diferente do traseiro, logo, não é possível fazer o rodízio. Mesmo quando os diâmetros dianteiro e traseiro são iguais, medidas como largura são distintas, bem como as capacidades de carga e de velocidade”. Também não vale usar pneus recauchutados ou que tenham recebido qualquer tipo de reforma, já que não existe qualquer processo de controle de qualidade.
Troca
Certamente as trocas devem obedecer às especificações do fabricante, porém, os pneus, como qualquer outro produto têm uma validade. “Eles possuem prazo de validade, normalmente cinco anos da data de fabricação. O que deve ser levado em consideração é como o pneu está ou foi utilizado e o índice de desgaste que cada pneu possui, também identificado no pneu com T.W.I. (Tread Wear Indicator) ou com um triângulo, no ombro do pneu, mas com o indicativo na banda de rodagem. Quando o desgaste da banda de rodagem estiver alcançando o T.W.I., é recomendada a sua troca. Esta regra vale para pneus bem utilizados e sem danos sofridos”, diz Volpato. É desnecessário dizer que pneus em más condições de uso devem ser trocados imediatamente, evitando qualquer risco de acidente.
Bolhas
E já que o assunto é acidente, devemos ficar atento às bolhas que podem aparecer nos pneus. Esses componentes são feitos de várias camadas de tecidos, que quando passam por um processo de vulcanização se fundem e deixam o pneu com um aspecto uniforme, pronto para rodar. Contudo, uma topada mais forte, um buraco meio invisível no meio da noite pode romper essas camadas, e conforme a moto vai rodando, o pneu danificado vai soltando as fibras internas dos tecidos. Com isso, o aquecimento do pneu vai aumentar e o calor fará aumentar o espaço danificado, e quando menos esperar o motociclista verá a bolha saltando aos olhos. Neste caso, só há uma coisa a fazer: trocar. “Bolhas podem se alastrar e causar até o rompimento ou separação da banda de rodagem ou o desbalanceamento do pneu, vibração, entre outros danos que podem acarretar num sério acidente”, diz o gerente.
Outros fatores
Causas diversas podem acelerar o desgaste dos pneus, a mais comum é a forma de pilotar. Volpato diz que “é fundamental dirigir com regularidade e com velocidades compatíveis com o tipo de estrada. Por estes motivos, a maneira de dirigir influi diretamente no desempenho final do pneu. Evite freadas e acelerações bruscas”.
As estradas também levam grande culpa nesse ciclo, para o gerente “o tipo de pavimento tem influência direta na vida dos pneus. Quanto mais abrasiva e precária a condição do pavimento, menor será sua vida útil (quilometragem) . Estradas com muitas curvas, desníveis, subidas e descidas exigem mais do pneu. Os efeitos de arrastamento, freadas e acelerações diminuem também sua duração. Devem-se evitar impactos violentos contra obstáculos, buracos, meio fio, que podem danificar a carcaça”.
Do que é feito um pneu
- Feixe de cabos do talão: são cabos super-resistentes cobertos com borracha;
- Carcaça do pneu: é um componente do pneu feito de vários tipos de lona;
- Flanco : são responsáveis pela estabilidade lateral do pneu;
- Banda de rodagem: é feito de misturas de borrachas sintéticas;
Como é produzido
A construção de um pneu passa por um processo produtivo bem complexo, que vai desde a preparação da borracha até a produção de itens para compor o produto final. As partes de um pneu contam com propriedades físicas e químicas diferentes. Cada detalhe é estudado para alcançar sempre o melhor desempenho.
O processo de fabricação é controlado e ocorre de acordo com especificações técnicas e procedimentos pré-determinados. O objetivo é garantir aspectos como segurança, uniformidade de peso e geometria, simetria, controle de compostos de borracha, grau de vulcanização, repetibilidade do processo e rastreabilidade, entre outros.
Cuidados com os pneus
A loja de pneus Della Via, por exemplo, disponibiliza no site (www.dellavia. com.br) algumas dicas e sugestões para manter os pneus em ordem sem deixar que a ação de solventes ou outros produtos danifiquem os compostos. Segue abaixo:
- As pressões devem ser verificadas regularmente em pneus frios. Nunca reduza a pressão do ar enquanto os pneus estiverem quentes, pois é normal que ela cresça além das pressões frias.
- Cumpra o código de velocidade e o índice de carga.
- O estilo e a velocidade da direção afetam diretamente a vida dos pneus.
- Faça uma verificação geral de condição dos pneus regularmente.
- Nunca estacione sobre locais com óleo, solvente, etc.; eles podem causar danos aos pneus.
Os pneus devem ser substituídos quando suas superfícies demonstrarem sinais de desgaste, mesmo que o desgaste seja somente parcial (ex.: desgaste irregular).
Quando ocorrerem impactos ou furos verifique também a parte interna do pneu.
Dicas de segurança
- Peça ao montador que, antes de montar o pneu, verifique o estado do aro. Aros danificados criam vibrações e reduzem a estabilidade da motocicleta.
- Verifique se o pneu foi montado observando a seta indicativa no sentido de rodagem.
- Após a montagem, examine o ajuste entre o aro e as bordas dos talões.
- Use sempre a pressão correta para cada tipo de pneu, o que proporciona maior vida útil, excelente capacidade de aderência ao solo e maior estabilidade da motocicleta.
- Verifique sempre a calibragem indicada pelo fabricante.
- Em caso de carga, evite o superaquecimento do pneu, aumentando a calibragem (2 lbs/in2 no dianteiro e 4 lbs/in2 no traseiro).
- Pneu novo requer uma câmara nova.
- A utilização incorreta do pneu, bem como impactos violentos, podem originar fissuras internas nos pneus, que podem não ser evidenciadas de imediato.
- A vida útil do pneu depende também da boa montagem. Por isso, siga corretamente as dicas.
O que deve ser evitado
- Sobrecarregar a motocicleta e, consequentemente, os pneus.
- Utilizar medidas não compatíveis com o índice de carga/velocidade da motocicleta.
- Utilização de câmaras de ar inadequadas.
- Utilizar pressões diferentes das recomendações do fabricante da motocicleta.
- Uso de pneus de marcas diferentes na dianteira e na traseira do veículo.Fonte: http://www.viagemdemoto.com/index.php?option=com_content&view=article&id=453:como-funciona-um-pneu-de-motocicleta&catid=127:dicas&Itemid=176
20 de julho de 2011
MOTO CLUBE - Nosso Endereço na Internet
Olá amigos da estrada. Convido a visitar o Blog do meu Moto Clube. Tenho certeza que encontrarão boas matérias.
http//monstrosmotoclube.blogspot.com |
14 de julho de 2011
Informações Úteis dos Países
Dando continuidade ao informativo de hoje, entendo serem importantes as informações prestadas por Júlio Cesar da Silva, site http://www.suldomundo.com.br, principalmente por direcionar compreensão sobre temas como as moedas que terá que lidar e a necessidade de se comunicar com o Brasil, entre outros pontos.
Ligações internacionais mais em conta
Fonte: Julio Cesar da Silva | 15 Novembro 2010
Saiba como funcionam detalhes específicos dos países
Chile
· Moeda: Peso chileno
· Notas: $20.000, $10.000, $5.000 $2.000 e $1.000
· Moedas: $500, $100, $10
· Taxa de câmbio atualizada: consulte o Banco Central do Chile em www.bcentral.cl
·
Corrente elétrica: 220V - 50Hz
· Código Telefônico: 56
· Idioma: espanhol
Argentina
· Moeda: Peso
· Notas: $1, $2, $5, $10, $20
· Moedas: (em centavos) 1, 5, 10, 25, 50 centavos e $1 peso
· Taxa de câmbio atualizada: consulta o Banco Central da Argentina em www.bcra.gov.ar
· Site para coversão de moeda: http://www4.bcb.gov.br/pec/conversao/conversao.asp?id=convmoeda
Corrente elétrica: 220V - 50Hz
· Código Telefônico: 54
· Idioma: espanhol
Como telefonar para o Brasil mais em conta
Há como fazer ligações muito mais em conta dos países do cone sul sem pagar as altas tarifas internacionais.
A EMBRATEL tem um serviço chamado Brasil Direto (Clique aqui e veja no site da Embratel) que permite que se façam ligações a cobrar para o Brasil de qualquer telefone, inclusive público, e pagar quando chegar; em reais.
Lista dos Números de Telefones Para o Brasil Direto
Abaixo, estão os números para se ligar dos países utilizando o serviço Brasil Direto da Embratel.
Argentina: 0800 999 5500 ou 0800 999 5503
Chile: 803 60220 ou 8008 00272
Uruguay: 000455
Paraguay: 0085 5800
Peru: 0800 50190
Mais números podem ser obtidos no site da Embratel.
Outra Opção
A Telefônica tem um serviço semelhante ao da Embratel chamado Cartão Super 15.
Documentos para rodar no Mercosul
14 de Julho de 2011
Fonte: Equipe MOTO.com.br
O casal de motociclistas Guga Dias e Elda se prepara para uma nova aventura de duas rodas em uma viagem de ida e volta de São Vicente (litoral de SP) até a região de Machu Picchu (Peru), percorrendo cerca de 11 mil quilômetros em um período de cerca de 50 dias. Essa antiga trilha é conhecida por Caminho do Peabiru e foi construída pelos incas por volta do ano 400 DC.
A partida para essa jornada pelos Andes está programada para o dia 31 de julho. Enquanto isso, o casal finaliza os preparativos e comenta um pouco das questões sobre os documentos necessários para realizar esse tipo de viagem pela América do Sul com motocicleta sem maiores problemas com fiscalização de outros países. Acompanhe o relato:
Para viajar pela América Latina – nosso roteiro passará por Paraguai, Bolívia, Peru, Chile e Argentina – são necessários uma série de documentos, lembrando que cada caso é um caso, um documento, uma exigência que às vezes não passa de solicitação equivocada e em alguns casos pedidos sem cabimento algum.
Em viagens por terra, é necessário dar entrada e saída dos países visitados, então é prudente levar ao menos duas cópias de cada documento para cada país percorrido, e não há nada que impeça de ser novamente parado e as cópias solicitadas.
Viajando de moto, você pode se enquadrar em três situações distintas:
1 - Moto quitada no seu nome
2 - Moto de terceiro (quitada ou financiada)
3 - Moto alienada (financiada)
2 - Moto de terceiro (quitada ou financiada)
3 - Moto alienada (financiada)
Para as três situações a Carta Verde é obrigatória. Ela é um seguro contra acidente com terceiros que é válido nos países do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai).
O Chile é um pais associado ao Mercosul mas não integrante. Aceita a Carta Verde, diferente da Bolívia que não exige tal documento. Já o Peru, apesar de ser também associado, mas não integrante, exige outro documento de seguro que falarei a seguir.
A Carta Verde pode ser tirada em seguradoras ou despachantes e seu custo é calculado com base no número de países e dias de viagem.
Nosso grupo providenciou este seguro com a Consede Seguro e para três países e 50 dias de rodagem o custo ficou em R$ 310.
Se a sua moto estiver em seu nome e quitada, você pode tirar a Carta Verde nas fronteiras. O custo cai bastante, mas vale lembrar que o documento só vale para o país que você estará ingressando. Ao cruzar outra fronteira terá que tirar nova Carta Verde.
É a velha história que o barato sai caro. Nesse esquema você pagará em média R $ 60 por Carta Verde, mas vai ficar tomando um chá de cadeira além de correr o risco de ser achacado... Sabe com é, já que tá ali... a ocasião faz o ladrão!
Na situação de moto alienada, financiada por bancos, com posse desta Carta Verde, você deve entrar em contato com o banco financiador e solicitar uma Autorização para circular com a moto por países estrangeiros.
Cada banco chama essa autorização de um nome... no Bradesco ela é “Declaração de Viagem ao Exterior”
No caso do Bradesco o pedido pode ser feito por e-mail ou fax, e são solicitado cópia do CNH, CRLV e Carta Verde. A autorização é enviada para o seu endereço em até 10 dias úteis.
Mais uma vez tire cópias desta autorização.
Eu liguei nos consulados do Peru, Chile e Bolívia e quase cai para trás diante de tanta burocracia.
Todos me pediram que eu enviasse CNH, CRLV e Autorização do banco para o Itamaraty legalizar e só então, com posse dos carimbos do Itamaraty, eu levaria ao consulado para chancelar essa autorização.
Acontece que o contato com o Itamaraty só se dá via Correios e pode levar até 20 dias úteis. Um absurdo em tempos onde a digitalização de documentos pode ser encontrada em cada esquina e que talvez não haja um ser adulto no mundo sem e-mail!
Tá bom... um ser que viaja de moto, que seja! (rs)
Enfim, burocracia ao extremo e que não acabava por ai. No consulado da Bolívia eu ainda tinha que mandar traduzir estes documentos com um Tradutor Juramentado e só depois deveria ir ao consulado pagar uma taxa de R$ 60 e aguardar 24h.
Quando disse que eu tinha pouco tempo para isso, fui informado que – “não há garantias que tais documentos sejam cobrados na Bolívia” (sic) – então vou para estrada assim mesmo.
Consultando o Atie, do Buena Vista MC, um velho amigo meu que já rodou a América Latina em todas as direções possíveis, me informou que durante a viagem nada disso é pedido, que ao sair do Brasil solicitarão autorização do banco e demais documentos, mas que depois a nossa procedência não será mais o nosso país de origem e que a partir disso o que vale é os documentos da moto e pessoais.
Nosso terceiro caso é o mais chato, é a moto em nome de terceiros. Seja no nome do seu pai, esposa ou da empresa, neste caso será preciso uma declaração do proprietário autorizando você a circular com a moto pelos países X, Y, Z... essa declaração deve ter firma reconhecida, e a ela somada cópias autenticadas. Em posse delas, aí sim deve-se ir nos consulados pegar a chancela que valida tal documento. Mesmo assim, esqueça esse papo de levar no Itamaraty... isso não pegou ou sei lá o que.
• Passaporte. Ele não é exigido no Paraguai, Argentina, Uruguai, Peru e Chile onde apenas a Identidade (RG) é solicitada, porém, o mesmo tem que estar em perfeito estado e sua data de emissão não devem ultrapassar 10 anos.
• Carta Internacional de Habilitação – PID – é outro documento que não é cobrado... é bom tirar por via das dúvidas, mas são poucos os motociclistas que declaram que foram solicitados a apresentar. Custa em média R $ 250 e tem a validade da CNH usual.
No Peru como dito acima, não é aceito a Carta Verde e em seu lugar foi instituído o SOAT em janeiro de 2011. Esse seguro contra acidente de terceiros pode ser tirado na Aduana Peruana.
Conversando com o amigo Policarpo que segue para o Alaska na Jornada 3 Américas, em Cusco custa barato, U$ 13.
• Certificado Internacional de Vacinação constando a vacina de Febre Amarela e boa viagem.
Na volta eu relato o que me pediram e o que sequer apresentei!
Informações
Guga Dias
falecom@diariodemotocicleta.com.br
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VEJA TAMBÉM
Fonte:
Equipe MOTO.com.br
6 de julho de 2011
Na Patagônia, by Bruce Chatwin
Bruce Chatwin by Shawn Yu: http://gumkid.blogspot.com/
Fonte Secundária: http://odeporica.blogspot.com/2010/02/na-patagonia-by-bruce-chatwin.html
Boa tarde pessoal,
"Eis um livro que podemos classificar como um marco na literatura odepórica moderna: Na Patagônia, de Bruce Chatwin. Publicado em 1977 (no Brasil a primeira edição veio em 1988) foi a primeira obra escrita pelo autor inglês e a que o consolidou como um dos grandes travel writers britânicos de todos os tempos.
O que diferencia essa obra de tantas outras narrativas de viagem? Algumas particularidades, entre elas a habilidade de Chatwin em misturar em seu relato de viagem a ficção com a realidade; essa obra marca um novo olhar sobre os relatos de viagem, onde o narrador sente-se livre para interpretar aquilo que vê e vivencia sem se prender à realidade absoluta das circunstâncias. É claro que isso, em algum momento, poderá desagradar algumas pessoas, particularmente aquelas que fazem parte da história, como de fato aconteceu com Chatwin (alguns dos personagens entrevistados disseram mais tarde que suas conversas com o escritor não aconteceram da forma como foram relatadas).
Na introdução da edição norte-americana (In Patagonia, Penguin Classics), escrita por seu biógrafo Nicholas Shakespeare, lemos que Bruce Chatwin pediu a seu agente nos Estados Unidos para que seu livro não figurasse nas prateleiras como literatura de viagem. Isso nos dá a certeza de que, à parte a importância crucial da viagem em sua narrativa, Chatwin enxergava seu trabalho como algo além da viagem propriamente dita, não por considerar um relato de viagem algo menor, mas por temer que um futuro leitor compreendesse mal o escopo da obra.
Para Chatwin existem algumas chaves de leitura para que se possa captar melhor o propósito de sua obra. Para ele, a Patagônia é o lugar mais distante que o homem caminhou desde o seu local de origem, sendo por essa razão um símbolo de inquietação, de desassossego. Na opinião de Chatwin, a descoberta da Patagônia teve o mesmo efeito na imaginação do homem que a chegada à lua, de forma ainda mais poderosa.
O autor quis deixar o leitor escolher entre duas jornadas: uma à Patagônia em 1975, e a outra “uma viagem simbólica que é uma meditação sobre a inquietude do ser e o exílio”. Todas as histórias foram escolhidas com o propósito de ilustrar algum efeito particular de perambulação e/ou de exílio, isto é, o que acontece quando você fica empacado em algum lugar, impedido de prosseguir seu caminho.
Em outras palavras: a jornada é uma metáfora. E a própria Patagônia, também ela, outra metáfora impactante.
E voltando a falar das particularidades que fazem dessa obra um marco da odepórica, temos o papel fundamental das pessoas que são muitas e que aparecem ao longo de toda a narrativa: há gente de todos os tipos, pessoas sem raízes, fugitivos, foras da lei, exilados ingleses, contadores de histórias, donos de bares sujos de beira de estrada, malucos... de tudo um pouco, e essa mistura de caracteres é o que da a alma a esse texto. Além disso, Bruce Chatwin é um excelente escritor, erudito na medida certa, equilibrado na seriedade e no humor; algumas passagens são primorosas no ato da descrição narrativa, como a cena que você irá ler a seguir:
“O trem começou a andar após dois assovios e um solavanco. Emas saltavam dos trilhos conforme passávamos, suas penas ondulando como fumaça. As montanhas estavam cinza, e a cerração provocada pelo calor as fazia reverberar. De quando em quando um caminhão deixava para trás uma nuvem de poeira na linha do horizonte. (...) Os povoados dos índios se espalhavam ao longo da estrada de ferro, obedecendo ao princípio de que um bêbado sempre poderia chegar em casa. Quando o trem parou na estação do índio, este desceu, trocando as pernas e agarrado à garrafa de gim quase vazia. Em torno dos barracos, garrafas quebradas brilhavam à luz pálida do sol. Um garoto de blusão amarelo se levantou e ajudou o bêbado a andar. Um cachorro, que estava deitado na entrada de um barraco, correu e lambeu todo o rosto dele.”
O começo dessa longa jornada de seis meses pela Patagônia teve início na infância do autor. O escritor puxa pela memória o gatilho de sua paixão pelas distantes terras um dia visitadas pelo primo de sua avó, um marinheiro chamado Charley Milward:
“Na sala de jantar da minha avó havia um armário com porta de vidro e, dentro dele, um pedaço de pele. Não passava de um pedacinho, mas era espesso e áspero, com tufos de um pêlo avermelhado, grosso. Estava pregado a um cartão por um alfinete enferrujado. No cartão havia alguma coisa escrita com tinta preta esmaecida, mas eu era então criança demais para ler.
‘Que é isso?’
‘Um pedaço de brontossauro. ’
Minha mãe conhecia de nome dois animais pré-históricos, o brontossauro e o mamute. Ela sabia que não era um mamute. Os mamutes vêm da Sibéria. (...) Aquele brontossauro específico viera da Patagônia, região da América do Sul, no outro extremo do mundo.”
E assim, de forma bem humorada, Chatwin nos carrega à Patagônia, a princípio em busca de algum sinal daquele animal pré-histórico que marcou sua infância, que logo saberemos não ser um brontossauro, mas um milodonte, ou um preguiça-gigante.
Você tem em mãos, ao ler Na Patagônia, uma obra de trezentas páginas com cerca de cem capítulos, o que dá uma média de três páginas por capítulo. Praticamente, cada capítulo traz uma história, embora algumas delas, como a de Butch Cassidy (pois irá descobrir que o lendário fora da lei andou por lá) ganhem mais espaço. Nessas andanças todas, Bruce Chatwin conhece, como já dissemos, muitas pessoas, como se fosse uma brincadeira daquelas em que uma pedra de dominó derruba outra, que derruba outra, até que todas tenham sido derrubadas, sabe como é? Mas não descobrimos, porque o autor não esclarece, como ele chegou até essas personagens cheias de histórias, nem como ele fazia, com algumas exceções, para ir de um lugar a outro (a pé, a cavalo, de trem, de carro, de bicicleta?), quanto tempo levava, como se virava com o idioma já que não dominava o espanhol, detalhes que gostaríamos de saber se um dia tivéssemos a oportunidade de conversar com ele. Detalhes que não constituem uma falha, que fique claro. O lance aqui, como já ficou esclarecido lá atrás, não é a viagem em si, mas as pessoas que encontramos pelos caminhos, certo?
Veja um exemplo disso nessa pequena passagem, quando o viajante se encontra com um poeta:
“O poeta morava na beira de um solitário curso de água, em meio a um luxuriante pomar de abricoteiros, sozinho numa casinha de dois quartos. Tinha sido professor de literatura em Buenos Aires. Chegara na Patagônia havia quarenta anos e ali ficara. Bati na porta, e ele acordou. Garoava, e, enquanto ele se vestia, me abriguei no alpendre e observei sua colônia de sapos de estimação. Seus dedos agarraram meu braço com força. Ele me encarou com um olhar intenso e luminoso. ‘Patagônia!’, exclamou. ‘É uma amante exigente. Ela enfeitiça. É uma sedutora! Envolve-nos em seus braços e nunca mais nos solta.’ A chuva tamborilava no telhado de zinco. Durante as duas horas que se seguiram o poeta foi minha Patagônia.”
Em Rio Pico, o autor se hospeda num hotel administrado por uma família judia “a quem faltavam as mais elementares noções de lucro”, segundo suas palavras. Aqui o bom humor vem com tudo:
“Na manhã seguinte tive uma tremenda discussão por causa da conta.
‘Quanto lhe devo?’
‘Nada. Se o senhor não tivesse dormido no quarto, ninguém mais dormiria. ’
‘E quanto foi o jantar?’
‘Nada. Como poderíamos saber que o senhor viria? Cozinhamos para nós mesmos. ’
‘Então, quanto foi o vinho?’
‘Sempre oferecemos vinho às visitas. ’
‘E o chimarrão?’
‘Ninguém paga pelo chimarrão. ’
‘Mas então o que posso pagar? Só restam o pão e o café. ’
‘O pão não posso cobrar, mas café com leite é uma bebida de gringo, e isso o senhor vai pagar.’ ”
Em meio a diálogos como esse, o autor intercala passagens históricas e lendárias relacionadas aos lugares pelos quais vai deambulando, e isso contribui muito para que se crie em nossa mente o imaginário de uma Patagônia quase mítica, como se essa região do planeta fosse de fato um fim de mundo para onde se dirigem todos os exilados do planeta, para onde vão aqueles que já não encontram mais seu espaço na sociedade. Para esses, a vida só tem sentido na solidão, entendida aqui em seus aspectos mais diversificados (geográfica, social, familiar, espiritual...). Uma obra grandiosa, Na Patagônia é uma lição para quem quiser aprender como escrever um relato de viagem com muito estilo e categoria.“Esta manhã não tenho nenhuma religião em especial. Meu Deus é o Deus dos Caminhantes. Se alguém caminhar o suficiente, é bem provável que não necessite de nenhum outro Deus.”
Bruce Chatwin faleceu em 1989, aos 48 anos de idade. Escreveu cinco obras, todas elas lançadas no Brasil pela Companhia das Letras:
Colina Negra (2005)
O Rastro dos Cantos (1996)
Utz (1990)
Na Patagônia (1988)
Vice-Rei de Uidá (1987)"
Fonte Secundária: http://odeporica.blogspot.com/2010/02/na-patagonia-by-bruce-chatwin.html
Boa tarde pessoal,
Acredito que a matéria abaixa será importante para visualizar novos horizontes de identificação das paisagens e culturas durante suas viagens.
Aproveitem as referências de leitura, pois penso que não há como iniciar uma jornada sem um bom preparativo, quer seja técnico ou financeiro. Portanto, não podemos esquecer de alguns valores culturais que devem ser levados na bagagem.
Aproveitem as referências de leitura, pois penso que não há como iniciar uma jornada sem um bom preparativo, quer seja técnico ou financeiro. Portanto, não podemos esquecer de alguns valores culturais que devem ser levados na bagagem.
"Eis um livro que podemos classificar como um marco na literatura odepórica moderna: Na Patagônia, de Bruce Chatwin. Publicado em 1977 (no Brasil a primeira edição veio em 1988) foi a primeira obra escrita pelo autor inglês e a que o consolidou como um dos grandes travel writers britânicos de todos os tempos.
O que diferencia essa obra de tantas outras narrativas de viagem? Algumas particularidades, entre elas a habilidade de Chatwin em misturar em seu relato de viagem a ficção com a realidade; essa obra marca um novo olhar sobre os relatos de viagem, onde o narrador sente-se livre para interpretar aquilo que vê e vivencia sem se prender à realidade absoluta das circunstâncias. É claro que isso, em algum momento, poderá desagradar algumas pessoas, particularmente aquelas que fazem parte da história, como de fato aconteceu com Chatwin (alguns dos personagens entrevistados disseram mais tarde que suas conversas com o escritor não aconteceram da forma como foram relatadas).
Na introdução da edição norte-americana (In Patagonia, Penguin Classics), escrita por seu biógrafo Nicholas Shakespeare, lemos que Bruce Chatwin pediu a seu agente nos Estados Unidos para que seu livro não figurasse nas prateleiras como literatura de viagem. Isso nos dá a certeza de que, à parte a importância crucial da viagem em sua narrativa, Chatwin enxergava seu trabalho como algo além da viagem propriamente dita, não por considerar um relato de viagem algo menor, mas por temer que um futuro leitor compreendesse mal o escopo da obra.
Para Chatwin existem algumas chaves de leitura para que se possa captar melhor o propósito de sua obra. Para ele, a Patagônia é o lugar mais distante que o homem caminhou desde o seu local de origem, sendo por essa razão um símbolo de inquietação, de desassossego. Na opinião de Chatwin, a descoberta da Patagônia teve o mesmo efeito na imaginação do homem que a chegada à lua, de forma ainda mais poderosa.
O autor quis deixar o leitor escolher entre duas jornadas: uma à Patagônia em 1975, e a outra “uma viagem simbólica que é uma meditação sobre a inquietude do ser e o exílio”. Todas as histórias foram escolhidas com o propósito de ilustrar algum efeito particular de perambulação e/ou de exílio, isto é, o que acontece quando você fica empacado em algum lugar, impedido de prosseguir seu caminho.
Em outras palavras: a jornada é uma metáfora. E a própria Patagônia, também ela, outra metáfora impactante.
E voltando a falar das particularidades que fazem dessa obra um marco da odepórica, temos o papel fundamental das pessoas que são muitas e que aparecem ao longo de toda a narrativa: há gente de todos os tipos, pessoas sem raízes, fugitivos, foras da lei, exilados ingleses, contadores de histórias, donos de bares sujos de beira de estrada, malucos... de tudo um pouco, e essa mistura de caracteres é o que da a alma a esse texto. Além disso, Bruce Chatwin é um excelente escritor, erudito na medida certa, equilibrado na seriedade e no humor; algumas passagens são primorosas no ato da descrição narrativa, como a cena que você irá ler a seguir:
“O trem começou a andar após dois assovios e um solavanco. Emas saltavam dos trilhos conforme passávamos, suas penas ondulando como fumaça. As montanhas estavam cinza, e a cerração provocada pelo calor as fazia reverberar. De quando em quando um caminhão deixava para trás uma nuvem de poeira na linha do horizonte. (...) Os povoados dos índios se espalhavam ao longo da estrada de ferro, obedecendo ao princípio de que um bêbado sempre poderia chegar em casa. Quando o trem parou na estação do índio, este desceu, trocando as pernas e agarrado à garrafa de gim quase vazia. Em torno dos barracos, garrafas quebradas brilhavam à luz pálida do sol. Um garoto de blusão amarelo se levantou e ajudou o bêbado a andar. Um cachorro, que estava deitado na entrada de um barraco, correu e lambeu todo o rosto dele.”
O começo dessa longa jornada de seis meses pela Patagônia teve início na infância do autor. O escritor puxa pela memória o gatilho de sua paixão pelas distantes terras um dia visitadas pelo primo de sua avó, um marinheiro chamado Charley Milward:
“Na sala de jantar da minha avó havia um armário com porta de vidro e, dentro dele, um pedaço de pele. Não passava de um pedacinho, mas era espesso e áspero, com tufos de um pêlo avermelhado, grosso. Estava pregado a um cartão por um alfinete enferrujado. No cartão havia alguma coisa escrita com tinta preta esmaecida, mas eu era então criança demais para ler.
‘Que é isso?’
‘Um pedaço de brontossauro. ’
Minha mãe conhecia de nome dois animais pré-históricos, o brontossauro e o mamute. Ela sabia que não era um mamute. Os mamutes vêm da Sibéria. (...) Aquele brontossauro específico viera da Patagônia, região da América do Sul, no outro extremo do mundo.”
E assim, de forma bem humorada, Chatwin nos carrega à Patagônia, a princípio em busca de algum sinal daquele animal pré-histórico que marcou sua infância, que logo saberemos não ser um brontossauro, mas um milodonte, ou um preguiça-gigante.
Você tem em mãos, ao ler Na Patagônia, uma obra de trezentas páginas com cerca de cem capítulos, o que dá uma média de três páginas por capítulo. Praticamente, cada capítulo traz uma história, embora algumas delas, como a de Butch Cassidy (pois irá descobrir que o lendário fora da lei andou por lá) ganhem mais espaço. Nessas andanças todas, Bruce Chatwin conhece, como já dissemos, muitas pessoas, como se fosse uma brincadeira daquelas em que uma pedra de dominó derruba outra, que derruba outra, até que todas tenham sido derrubadas, sabe como é? Mas não descobrimos, porque o autor não esclarece, como ele chegou até essas personagens cheias de histórias, nem como ele fazia, com algumas exceções, para ir de um lugar a outro (a pé, a cavalo, de trem, de carro, de bicicleta?), quanto tempo levava, como se virava com o idioma já que não dominava o espanhol, detalhes que gostaríamos de saber se um dia tivéssemos a oportunidade de conversar com ele. Detalhes que não constituem uma falha, que fique claro. O lance aqui, como já ficou esclarecido lá atrás, não é a viagem em si, mas as pessoas que encontramos pelos caminhos, certo?
Veja um exemplo disso nessa pequena passagem, quando o viajante se encontra com um poeta:
“O poeta morava na beira de um solitário curso de água, em meio a um luxuriante pomar de abricoteiros, sozinho numa casinha de dois quartos. Tinha sido professor de literatura em Buenos Aires. Chegara na Patagônia havia quarenta anos e ali ficara. Bati na porta, e ele acordou. Garoava, e, enquanto ele se vestia, me abriguei no alpendre e observei sua colônia de sapos de estimação. Seus dedos agarraram meu braço com força. Ele me encarou com um olhar intenso e luminoso. ‘Patagônia!’, exclamou. ‘É uma amante exigente. Ela enfeitiça. É uma sedutora! Envolve-nos em seus braços e nunca mais nos solta.’ A chuva tamborilava no telhado de zinco. Durante as duas horas que se seguiram o poeta foi minha Patagônia.”
Em Rio Pico, o autor se hospeda num hotel administrado por uma família judia “a quem faltavam as mais elementares noções de lucro”, segundo suas palavras. Aqui o bom humor vem com tudo:
“Na manhã seguinte tive uma tremenda discussão por causa da conta.
‘Quanto lhe devo?’
‘Nada. Se o senhor não tivesse dormido no quarto, ninguém mais dormiria. ’
‘E quanto foi o jantar?’
‘Nada. Como poderíamos saber que o senhor viria? Cozinhamos para nós mesmos. ’
‘Então, quanto foi o vinho?’
‘Sempre oferecemos vinho às visitas. ’
‘E o chimarrão?’
‘Ninguém paga pelo chimarrão. ’
‘Mas então o que posso pagar? Só restam o pão e o café. ’
‘O pão não posso cobrar, mas café com leite é uma bebida de gringo, e isso o senhor vai pagar.’ ”
Em meio a diálogos como esse, o autor intercala passagens históricas e lendárias relacionadas aos lugares pelos quais vai deambulando, e isso contribui muito para que se crie em nossa mente o imaginário de uma Patagônia quase mítica, como se essa região do planeta fosse de fato um fim de mundo para onde se dirigem todos os exilados do planeta, para onde vão aqueles que já não encontram mais seu espaço na sociedade. Para esses, a vida só tem sentido na solidão, entendida aqui em seus aspectos mais diversificados (geográfica, social, familiar, espiritual...). Uma obra grandiosa, Na Patagônia é uma lição para quem quiser aprender como escrever um relato de viagem com muito estilo e categoria.“Esta manhã não tenho nenhuma religião em especial. Meu Deus é o Deus dos Caminhantes. Se alguém caminhar o suficiente, é bem provável que não necessite de nenhum outro Deus.”
Bruce Chatwin faleceu em 1989, aos 48 anos de idade. Escreveu cinco obras, todas elas lançadas no Brasil pela Companhia das Letras:
Colina Negra (2005)
O Rastro dos Cantos (1996)
Utz (1990)
Na Patagônia (1988)
Vice-Rei de Uidá (1987)"
30 de junho de 2011
Definitivo
"Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional..."
Carlos Drumond de Andrade
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